Sindjufe-BA promove roda de conversa com servidores do interior e reforça agenda de mobilizações da categoria
O Sindjufe-BA promoveu, no dia 19 de maio, uma roda...

O Sindjufe-BA promoveu, no dia 19 de maio, uma roda de conversa virtual com servidores e servidoras do interior da Bahia. A atividade, conduzida pela dirigente Denise Carneiro, teve como foco aproximar o sindicato da base, discutir pautas locais e nacionais, e alinhar os próximos passos da mobilização da categoria.
Durante o encontro, foram repassados os principais encaminhamentos do 12º Congrejufe, com destaque para a paralisação nacional de três horas marcada para o dia 28 de maio, esta quarta-feira. A ação faz parte da agenda unificada de mobilização dos servidores do Judiciário Federal e busca pressionar por valorização salarial e melhores condições de trabalho.
Também foi definida a próxima cidade a ser visitada presencialmente pelo sindicato: Juazeiro. A escolha segue a lógica de cidade-polo, contemplando os três ramos da Justiça (Federal, Eleitoral e Trabalhista) e permitindo paradas estratégicas ao longo do percurso, alcançando mais servidores nas regiões do entorno.
Outro tema que gerou atenção foi o avanço do auxílio-saúde para a magistratura e os reflexos do plano de autogestão no âmbito do TRT5. A categoria conquistou, em âmbito nacional, a inclusão da remuneração como base de cálculo da mensalidade do plano. No entanto, a Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB) entrou com mandado de segurança contra a decisão. O Sindjufe-BA já atua juridicamente para manter essa conquista garantida.
Durante a conversa, surgiram ainda questionamentos sobre o retorno dos servidores requisitados e a realização de novos concursos. Denise informou que uma audiência em Brasília está marcada para o dia 10 de junho, com objetivo de discutir o retorno dos requisitados da Justiça Eleitoral e a crescente precarização da Justiça especializada.
A dirigente também resgatou o histórico de desvalorização da categoria, especialmente após a greve de 2015, quando o veto ao reajuste salarial foi mantido por apenas seis votos no Congresso. Desde então, as perdas se acumularam e a antiga estrutura de progressão entre os cargos de auxiliar, técnico e analista, que garantia ganhos proporcionais à qualificação e à permanência na carreira, foi desfigurada.
Atualmente, com a automação e o nivelamento das tarefas entre os cargos, técnicos e analistas dividem as mesmas funções, mas com diferenças salariais que chegam a R$ 9 mil. Denise defendeu o retorno da sobreposição de tabelas como medida temporária para corrigir as distorções, com reajustes escalonados entre os cargos. Também apontou a necessidade de tratar o cargo de analista como função de gestão, com remuneração condizente com essa responsabilidade.
O Sindjufe-BA reafirma seu compromisso com a valorização da categoria e a reconstrução de uma carreira justa e estruturada, com salários dignos e respeito à progressão funcional.