Na Bahia, categoria faz paralisação de 24h em defesa do serviço público
As mobilizações do dia 29 reuniram servidoras e servidores de...
As mobilizações do dia 29 reuniram servidoras e servidores de diversos órgãos do Poder Judiciário da União na Bahia, em ato na nova sede do TRT5, em Salvador. A categoria esteve em paralisação de 24 horas, aprovada em Assembleia Geral, para defender o serviço público e a população, após de uma semana de atividades na capital e no interior do estado.
O dirigente Sandro Sales, servidor do TRT5, ressaltou a urgência dessa luta, principalmente depois que parlamentares conseguiram as 171 assinaturas mínimas para fazer a PEC38 tramitar no Congresso. “Algumas pessoas falam que nosso discurso é alarmista, mas o que essa reforma pretende é desmontar o serviço público, trazendo precarização fim da estabilidade e indicações políticas em órgãos públicos.”
Já o servidor Marcus Vergne, também do TRT5, alertou que a disputa não é sobre a qualidade do serviço público, mas sobre o orçamento: “Esse projeto não é de meia dúzia de deputados ou senadores, mas do capital, que atua para transferir recursos públicos para a iniciativa privada.”
O dirigente Gilveraldo Dorea, da Justiça Federal, reforçou a importância da participação da categoria: “O sindicato é apenas um instrumento de luta, mas quem tem que vir para o front somos nós, servidores. Reformas trabalhista e previdenciária já atacaram o serviço público, e essa será muito pior”
Ao final do ato no TRT5, Sandro leu os nomes dos 12 deputados baianos que votaram para protocolar a PEC 38. O dirigente lembrou que 2026 é ano eleitoral, reforçando a importância de não eleger parlamentares que legislam contra o serviço público. Após a leitura, todos afirmaram: “Se votar, não volta!”.
Na parte da tarde, as ações continuaram na sede da Justiça Federal com uma atividade cultural aprovada pelos colegas como momento lúdico da luta e também em celebração ao Dia do Servidor Público. O servidor Valter Freitas apresentou a comédia “O Brigadista”, que, de forma leve e crítica, abordou os riscos da Reforma Administrativa. No interior do estado, diversas cidades também paralisaram as atividades e promoveram encontros nas sedes dos órgãos, reforçando o engajamento da categoria.
O Sindjufe-BA orienta os colegas que não compensem o ponto da paralisação sem negociação com o Sindicato. Greve não é folga nem falta comum, é um direito da classe trabalhadora.