Maioria da FENAJUFE mente para criar culpados pelo fracasso iminente da campanha salarial da categoria
A batalha pela valorização ainda não terminou! Ao invés de...

A batalha pela valorização ainda não terminou!
Ao invés de apostar na mobilização para mover o STF às demandas da categoria, a maioria da FENAJUFE atuou para esvaziar todas as greves nacionais aprovadas nesses 2 anos, principalmente as de julho de 2025. Preferiram apostar em um espaço que não decide, e, ante à iminência de reajuste rebaixado, buscam culpar sindicatos filiados e dirigentes que acreditam na mobilização. A luta seguirá agora no Supremo, local que realmente decide, para melhorar a proposta a ser encaminhada ao Congresso Nacional.
Vamos aos fatos:
1 – As reuniões do Fórum Nacional de Carreira ocorrem há quase 5 anos, sem avanço algum. Nessa nova gestão, com o Conselheiro Guilherme Feliciano à frente, duas demandas foram deliberadas em dois anos: o reenquadramento de auxiliares e o AQ. A primeira não avançou no STF e a segunda foi modificada pelo Supremo. Ou seja, o Fórum tem sido utilizado pela maioria da Federação como um espaço de amortecimento das pautas da categoria, evitando a construção de uma greve nacional, que é o maior instrumento de luta da nossa classe.
2 – Na reunião do dia 18/06 entre o Sindicato de Brasília e a Federação, foram apresentadas pelas entidades duas propostas emergenciais. A do Sindicato foi a base escolhida pelo Conselheiro Guilherme Feliciano para a formação de um “consenso” entre as entidades. A Federação convocou extraordinariamente uma reunião do Conselho Deliberativo de Entidades (CDE), orientando concordância com a proposta, e isso foi feito, com voto da maioria das entidades, alijando a base dessa discussão.
3 – A reunião do dia 9/07 foi pautada para votar essa proposta de “consenso” forçado. A representante do STF Fernanda Azambuja trouxe a informação de que o reajuste seria linear no Vencimento Básico (VB) na ordem de 5,7%. O Conselheiro propôs então elevar para “8% sobre o VB, e com a perspectiva de implementação do AQ, em havendo, como diz a lei, disponibilidade orçamentária, sancionada a lei, a partir de julho”. A representante do STF admitiu a possibilidade de trabalhar, no máximo, com esses 8% no VB. Ou seja, a proposta final da administração apresentada ali surgiu do Conselheiro.
4 – Importante informar que essa proposta de 8% já estava circulando nos grupos como proposta da administração, embora sem a formalização que ocorreu intempestivamente ali. A dirigente Denise Carneiro reafirmou contrariedade ao formato dos debates, atraso na reestruturação da categoria, perpetuação da injustiça orçamentária ante à magistratura e ao final pediu mais prazo ao Conselheiro, que negou. A abstenção no caso representou a posição de não chancelar o que estava posto, à revelia da base, e para ir ao STF buscar melhorar o que fosse encaminhado.
Nada está garantido!
A narrativa de que o processo está concluído, com “derrota” apenas por causa das abstenções, tenta esconder o óbvio e mudar a culpa de lugar. A proposta de 8% no VB já estava sendo veiculada como a máxima possível, e a única possibilidade de “vitória” da proposta de consenso (5% VB + 165% GAJ) só ocorreria com o voto de minerva do Conselheiro, que foi o responsável pela apresentação dos 8%, tendo ele afirmado ainda que “não havia estudo sobre incidir na GAJ”. Ou seja, divulgar nas redes sociais que, mesmo assim, ele votaria na proposta com a GAJ, é forçar muito a narrativa. E afirmar que está tudo concluído é se eximir de mobilizar a categoria a atuar no STF, que é quem decide.
Assim, a diretoria do Sindjufe-BA informa que seguirá construindo a mobilização e seguirá se pautando na verdade dos fatos, esclarecendo narrativas de quem joga para acirrar o divisionismo e encontrar um culpado pela sua inação. Quem perde com isso é a categoria.
Por isso, seguiremos na construção da luta para chegarmos ao STF e buscar melhorar a proposta, além de cobrar outras demandas como o Auxílio Nutrição para aposentados e pensionistas, entre outras.
Afinal, dinheiro tem, a questão é “para quem!”
Diretoria do Sindjufe-BA