Categoria aprova indicativo de greve de 30/6 a 4/7 e marca nova Assembleia para confirmar a deliberação
Em assembleia geral realizada pelo Sindjufe-BA nesta quinta-feira (11), a...

Em assembleia geral realizada pelo Sindjufe-BA nesta quinta-feira (11), a categoria aprovou o indicativo de greve entre os dias 30 de junho e 4 de julho, com atividades diárias e uma nova assembleia no dia 4 para reavaliar os rumos do movimento. Essa proposta, aprovada por unanimidade no Congrejufe, será submetida à votação definitiva em nova assembleia, marcada para a próxima terça-feira (17), às 16h, em formato híbrido, na sede do sindicato e com acesso remoto via Zoom.
Mais de 70 pessoas participaram da assembleia, sendo a maioria de forma virtual. Na sede do Sindicato, cerca de 15 servidores e servidoras acompanharam os trabalhos conduzidos pelos dirigentes Sandro Sales e Micheline Times. Também estiveram presentes Denise Carneiro (Sindjufe-BA/Fenajufe), Cristiano Matsumoto e servidores de todos os ramos do Judiciário Federal, entre eles o deputado estadual Hilton Coelho, do TRT5 e filiado ao SindjufeBA.
Virtualmente, marcaram presença as dirigentes Marlene Pinho, Laís Peroba, Janiere Portela e Maxivalda Dória. Também estiveram na sala do Zoom representantes da coordenação da Fenajufe, Luciana Carneiro, Fabiano dos Santos e Davi Landau, este também dirigente do SintraeMG, relatando o avanço das mobilizações em São Paulo e Minas Gerais. Os dirigentes destacaram que greves pontuais de um dia não são mais suficientes e defenderam a necessidade de construir uma greve articulada e urgente, devido à “janela orçamentária” que se encerra no final de julho.
A dirigente Denise Carneiro foi enfática: “Já vimos que o Fórum de Carreira não decide nada e que a mobilização é o que importa. Vamos para a greve, e estar nos atos presencialmente, cobrando o nosso Plano de Carreira, AQ vinculado ao C13 do AJ e um canal de negociação direta com o STF”.
Para Sandro Sales, o imobilismo institucional exige ação direta: “Nosso plano está parado desde 2023 e até agora nada foi feito. Temos que ir para a luta”. Ele também ressaltou o apoio do Sindicato a mandatos de luta: “Lutar não é crime. Nos colocamos em apoio a mandatos de resistência, como Hilton Coelho e Hamilton Assis”.
Resolução e unidade
O dirigente Cristiano Matsumoto apresentou a resolução aprovada pela diretoria do Sindjufe-BA, que relaciona a defasagem salarial de 70% dos últimos dez anos à ausência de greve nesse período, enquanto os principais avanços históricos, como os planos de cargos e salários, só foram conquistados por meio de paralisações nacionais. O texto aponta ainda ameaças estruturais, como a pejotização das relações de trabalho, o desmonte da Justiça Eleitoral, o assédio institucional e os efeitos do arcabouço fiscal, da reforma administrativa e da reforma da previdência.
A resolução reforça que a luta atual envolve uma pauta ampla, que incluem para ação imediata:
AQ com base no C13 de analista;
Reposição das perdas conforme premissas aprovadas no PCCS;
Auxílio nutrição;
Reenquadramento dos auxiliares;
Fim da taxação dos aposentados;
Aprovação do PL 2447/22, que dispõe sobre carreiras do PJU;
Nomeação de todos os concursados de todos os ramos e criação de cargos na Justiça Eleitoral;
O deputado estadual Hilton Coelho agradeceu o apoio do Sindicato e concordou com os termos da resolução: “Precisamos superar esse momento que estamos passando. Temos que cumprir esse papel de vanguarda que sempre tivemos nacionalmente.” E concluiu com uma convocação: “A ideia não é perguntar se o colega vai fazer greve, mas dizer: eu vou fazer greve, e você? Esse é o espírito.”
A mobilização da categoria é urgente e quem quiser fazer parte efetivamente do processo de construção pode pedir para participar do Comando estadual de greve, já criado. A presença de todos e todas é fundamental na defesa dos direitos dos servidores e servidoras e da qualidade do serviço público.
Sindjufe-BA – Gestão Unidade na Resistência