SINDJUFE-BA

Neste 1º de maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, o Sindjufe-BA esteve na rua, em ato público, reafirmando a importância da data. Para além de festejos, o Sindicato afirmou que o dia é resultado de muita mobilização e oportunidade para refletir sobre o mundo do trabalho, reconhecendo conquistas de direitos da classe trabalhadora e tantos outros pelos quais ainda é preciso lutar.

A data também marca a criação do Sindjufe-BA, que há 22 anos atua na resistência e defesa dos trabalhadores e trabalhadoras do Poder Judiciário da União. As dirigentes Denise Carneiro e Janiere Portela e os dirigentes Cristiano Matsumoto e Sandro Sales abordaram temas relevantes e atuais em suas falas durante o ato. 

Denise defendeu que o trabalhador brasileiro não quer apenas festa, mas direitos e garantias ao serviço público gratuito, com saúde, vacina e assistência médica. "Foi o serviço público que salvou o povo brasileiro na pandemia, quando o país teve a pior política do mundo, uma política assassina, de matar pessoas". A coordenadora afirmou ainda que a data convoca essa luta todos os dias e que deve ser feita nas bases de um salário digno para todas as categorias. 

Matsumoto traçou uma contextualização histórica, lembrando que para o Dia 1º de maio existir, muita gente sofreu. "A data é uma conquista para a classe trabalhadora, houve muito suor, sangue e lágrimas para chegarmos até aqui, mas ainda precisamos avançar em outros direitos socias básicos. É lamentável que em um país com tantas riquezas, quase metade do nosso orçamento seja utilizado para pagamentos de juros de um sistema de dívida, que é praticamente impagável. Temos que exercer nossa cidadania,  não só durante as eleições ao votar, mas principalmente no dia dia como cidadãos, fiscalizando o poder público e pensando no coletivo". 

Para Janiere, o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora é uma chance de pleitear maior representatividade para que pautas de mulheres, de pessoas pretas, índígenas, com deficiência e de outros grupos minorizados sejam defendidas. A dirigente, que é servidora do TRE-BA, observou que o tema estará em evidência neste ano eleitoral. "Temos que ter em espaços de poder pessoas que sentem na pele as dificuldades e dores do machismo, do racismo, da misoginia, da lgbtfobia e só assim teremos transformações". 

Servidor do TRT5, Sandro observou que o mundo contemporâneo do trabalho está cheio de mecanismos para diminuir o espaço e o reconhecimento da classe trabalhadora, esteja ela dentro do sistema, de carteira assinada ou como servidor público ou no mercado informal. "Tudo está estruturado para que seja nos seja negado o reconhecimento da nossa importância, sendo que tudo o que existe é resultado do trabalho. Lutamos em um país escravagista, que tem a maior quantidade de trabalhadores retirados de condições análogas à escravidão". 

Ao lado do Sindicato, caminharam também o CSP Conlutas e o deputado estadual Hilton Coelho, que é um colega nosso, servidor do TRT.

22 anos de luta e que venham muitos outros! Ousar lutar! Ousar vencer!

Sindjufe-BA - Gestão Unidade na Resistência