SINDJUFE-BA

No último final de semana, entre os dias 8 e 9 de julho, o Sindjufe-Ba juntamente com mais de 12 sindicatos estiveram no 1º Encontro Nacional LGBT+ da Fenajufe, em Brasília. Em dois dias de debates foram apresentadas propostas de combate e prevenção ao assédio e LGBTfobia. 

Na mesa diretora, que abriu o encontro, estavam as coordenadoras Lucena Pacheco e Denise Carneiro, com a participação de Fabiano dos Santos, Luciana Carneiro e Jaílson Laje presencialmente e Soraia Marca, Manoel Gerson e Luiz Cláudio Correa no formato virtual. Logo em seguida, o debate com o tema “Políticas afirmativas e garantia de direitos à pessoa LGBT+” contou com a presença de Dayana Brunetto, Dalcira Ferrão, Sara Wagner, Gabi Van e Lucci Laporta. 

Nas falas a situação cotidiana dos LGBTs, muitas vezes situação perversa imposta por uma sociedade patriarcal, heteronormativa e preconceitosa, que teve voz ativa agravada principalmente nos últimos 6 anos, mas que sempre esteve presente no mundo e no Brasil, sendo o país que mais mata LGBTs. No primeiro encontro histórico, o Sindjufe-BA foi representado por Laís Peroba e Cátia Soares, e pela Fenajufe Denise Carneiro, que também participou da organização do evento.

Ao final do primeiro dia uma Roda de Conversa trouxe uma belíssima troca de experiências e relatos de dificuldades e perigos por que passaram, e ainda passam, as pessoas que não se encaixam ao padrão rígido heteronormativo da sociedade preconceituosa e violenta com todas e todos que não se submetem aos seus preconceitos. Os vídeos com as mesas estão disponíveis no YouTube da Fenajufe. 

Já no segundo dia foram aprovadas propostas relacionadas ao combate e prevenção ao assédio a LGBTQIAP+ que está geralmente ligado ao assédio sexual e moral. Algumas das propostas apresentadas são:

- Que os Sindicatos criem Núcleo contra Opressões, para os que ainda não possuem, no formato que for melhor para a realidade local e divulgue nas bases o encontro da Federação, estimulando a participação de todos;

- Reivindicar junto aos tribunais que o tema da luta dos direitos humanos, da luta das mulheres, negros e negras, pessoas LGBTs e pessoas com deficiência seja incluído nos processos de formação e capacitação dos órgãos;

- Propor a criação de núcleos ou conselhos nas unidades do PJU para o acolhimento das pessoas LGBTQIAP+ e o recebimento de denúncias dos casos de LGBTfobia através de um QR-Code, seguindo o modelo feito pelo Sidjufe-BA para recebimento de relatos de assédio na “Campanha Assédio é Crime”;

- Propor que os Tribunais adotem uma Política de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade, por meio de seus normativos internos, dispondo sobre ações e projetos que devem ser implementados com o escopo de combater a discriminação de todos aqueles sendo vulneráveis, pelas suas condições pessoais, a exemplo da mulher, do negro, da pessoa com deficiência e dos LGBTQIAP+;

- Reforçar que, além da imprescindível criação de Núcleos, as entidades sindicais pautem o tema da luta das pessoas LGBTs em eventos gerais da categoria, como Congressos, Plenárias, além de eventos específicos e organizativos das pessoas LGBTs.

Destacamos a frase de Hadassa Meireles, "Todas, todos e todas temos diferenças, mas respeito é o que precisamos ter em comum", como símbolo do que foi discutido e da luta constante para colocar em prática ações que contribuam para uma nação mais igualitária com todas, todes e todos. Em breve o Sindjufe-BA, que já possui Núcleo de Combate às Opressões e atua ativamente no combate ao assédio, a equidade de gênero, etnia e sexualidade, trará mais informações sobre as articulações para combater a LGBTfobia nos tribunais.

✊🏿 Sindjufe-BA – Gestão Unidade na Resistência