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Notícia postada dia 16/06/2023

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"O desenvolvimento do Brasil deve acontecer a partir da base", afirmou o economista Ladislau Dowbor, durante Debates sobre Carreira

"O desenvolvimento do Brasil deve acontecer a partir da base", afirmou o economista Ladislau Dowbor, durante Debates sobre Carreira

A principal questão do Brasil não é econômica, mas de organização política e social, defendeu Ladislau Dowbor, na live realizada nesta quarta-feira (14/6), pelo Sindjufe-BA, como parte dos Debates sobre Carreira. O professor da PUC-SP falou sobre a função social da economia de garantir dignidade humana. "Precisamos nos reapropriar do desenvolvimento pela base. Esse é o motor essencial da economia", indicou. 

Na palestra, com mediação do dirigente sindical Sandro Sales, Dowbor mostrou que no Brasil não faltam recursos, o problema está na distribuição. A questão, segundo ele, não é de onde o dinheiro vem, mas para onde vai. Como exemplo, o professor citou o PIB do Brasil, de cerca de R$ 10 trilhões. Se esse valor fosse dividido pelos 220 milhões de habitantes, daria cerca de R$ 15 mil por mês para uma família de quatro pessoas. O palestrante afirmou: "O que a gente produz hoje dá para todo mundo viver de maneira justa e confortável, basta reduzir as grandes fortunas".  

Assista à live no Youtube do Sindjufe-BA

A realidade do Brasil, porém, é de um aprofundamento de desigualdades, o que permite, por exemplo, que o País seja um dos maiores produtores de alimentos do mundo e tenha 33 milhões de cidadãos com fome. O professor explicou que, na era da Revolução Digital, as finanças não são mais usadas para bancar atividades produtivas e reais, elas são um dreno, que extrai do sistema, enriquecendo alguns poucos grupos, enquanto a maioria vive em total vulnerabilidade. 

Educar pessoas para desconstruir essa lógica tem sido a missão do professor, cuja produção acadêmica está disponível para acesso gratuito em seu site (dowbor.org). O economista criticou a grande mídia, responsável pela construção de uma narrativa que contribui para que as pessoas não entendam sobre a economia, ou pior, saibam apenas a versão de quem as explora. 

“A mídia ouve o mercado, que nada mais é do que meia dúzia de grandes grupos nacionais coligados a grupos internacionais que estão drenando o país”, criticou o professor e foi além: “Os jornais querem explicar a economia entrevistando representantes do mercado, isso é a mesma coisa que ouvir proprietários de fábricas de cigarro para saber se o tabaco faz mal”. 

Crítico a questões atuais graves como o arcabouço fiscal, a PEC 32 e ao desmonte do serviço público, o professor pontuou a necessidade de deter o ciclo de especulação e concentração de fortunas, investindo mais dinheiro na base da sociedade. “É isso o que gera mercado”.  

Dando continuidade aos Debates Sobre Carreira, o Sindjufe-BA realizará a próxima live com a auditora Maria Lúcia Fattorelli. Coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Fattorelli vai falar sobre “Arcabouço Fiscal e o serviço Público” no próximo dia 26/6, às 19h, pelo canal do Sindjufe-BA no Youtube. Participem!

Sindjufe-BA - Gestão Unidade na Resistência



 

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