SINDJUFE-BA

Reunidos em assembleia na última terça-feira, 26, os trabalhadores e trabalhadoras discutiram a campanha salarial. 

A assembleia contou com a participação de Fabiano dos Santos, da coordenação da Fenajufe. Ele explicou como está a movimentação nacional dos servidores, após a notícia de que o governo pretende conceder 5% de reajuste linear. Destacou que não há nenhuma posição oficial do governo e a necessidade de seguir a mobilização rumo a uma greve nacional dos servidores. 

A assembleia seguiu com a discussão sobre a campanha salarial, a avaliação das mobilizações até aqui e os próximos passos. A seguinte resolução foi aprovada: 

Considerando que:

1) o governo até o momento não abriu negociação para debater a pauta protocolada pelas entidades representativas dos servidores públicos federais;
 
2)  a imprensa brasileira vem noticiando que o governo Bolsonaro pretende conceder reajuste de 5%;
 
3) ainda que não seja oficial, o valor apresentado é insuficiente. Não repõe as perdas causadas pela inflação nos últimos 12 meses (10,74%); está muito aquém dos 19,99% exigidos pelo funcionalismo como reajuste emergencial (índice que corresponde às perdas  durante o governo Bolsonaro, até dez/2021); é inferior à última previsão do Banco Central para inflação de 2022 (7,65%). 
 
4) algumas categorias já estão realizando paralisações e greves, como as que ocorrem no INSS, Banco Central, Ministério Público do Trabalho e Receita Federal;
 
5) que é preciso enfrentar o governo e sua posição oficial, até o momento, de não negociar com os servidores;
 
Resolve:
 
A) seguir a orientação do Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) de intensificação das mobilizações com atos, paralisações e greves em todo o país;
 
B) cobrar da Fenajufe um calendário de mobilização nacional da categoria, a exemplo de outras federações que estão em processo avançado de mobilização e greve, como a Fenasps, Federação dos Servidores da Previdência Social;
 
C) buscar a unidade com todos os servidores públicos federais para fortalecer as lutas e greves já existentes, na busca da construção de uma greve nacional;
 
D) unir a nossa luta com outras categorias em mobilização, a exemplo dos trabalhadores da educação, que estão em greve em várias cidades brasileiras em defesa do pagamento do Piso do Magistério, e dos operários da CSN em Volta Redonda (RJ) e em Congonhas (MG), que estão greve por melhores salários;
 
E) participar da jornada de luta organizada pelo Fonasefe em unidade com as centrais sindicais:
 
- Dia 27, 14h, ato na Praça da Piedade promovido pelo Fórum das ADs, ANDES-SN e Centrais Sindicais;
 
- Dia 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador: participar levando pra rua a campanha pelo reajuste salarial e contra a reforma administrativa, com faixa, adesivos e panfletos;
 
- Participar das atividades chamadas pela Fenajufe.

F) aprovação de estado de greve;

G) realização de uma plenária para fornecer todos os esclarecimentos necessários sobre essa campanha, e construir com esse movimento o processo de mobilização rumo à greve e ouvir a categoria sobre isso.