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Notícia postada dia 15/06/2021

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Edições do Diálogos de Classe cumprem o papel de denúncia e de organização das lutas

Edições do Diálogos de Classe cumprem o papel de denúncia e de organização das lutas

O retorno das escolas e do trabalho presencial sem vacinação e num contexto de crescente dos casos de covid-19 e o processo de limpeza étnica patrocinada pelo sionismo foram tema das duas últimas edições dos Diálogos de Classe.

No dia 13 de maio, a coordenadora do SINDJUFE-BA Lindinalva Souza recebeu Jeanne Rezende, professora e ativista do Coletivo Reviravolta na Educação, e Gustavo Treistman, médico do SUS. Na pauta, estavam o retorno às aulas e ao trabalho presencial, num momento em que a população experimenta a falta vacinas, após o governo Bolsonaro boicotar por todos os métodos a compra de imunizantes.

Jeanne Rezende usou suas falas para criticar a morosidade do MEC em regulamentar o ensino remoto emergencial, a falta de estrutura e segurança sanitária nas escolas públicas e destacou o risco de um retorno ao ensino presencial no contexto atual da pandemia: “O ensino remoto é um improviso. Nós queremos sim, o retorno às aulas presenciais, mas nós queremos com segurança para todos e a segurança, neste momento está na vacinação em massa”, destacou.

Gustavo Treistman pontuou o processo de desinvestimento no SUS e a falta de seriedade dos governos no lidar com a saúde dos trabalhadores: “o Governo Bolsonaro propagandeia o kit covid, que seria a salvação dos problemas, [o kit covid], que seria a Azitromicina, a hidroxicloroquina e a ivermectina, um monte de remédio que está comprovado que não faz nenhum efeito para a covid, só que uma coisa muito básica, que é o kit da intubação não foi comprado, não foi garantido”. Prosseguiu: “quando a gente atende o paciente, a gente não tem condições de dar o que as pessoas precisam. A gente vê as pessoas agravando seus quadros, a gente vê os pacientes morrendo, sem ter o que fazer. E obviamente isso causa problemas na saúde mental dos profissionais [de saúde]”.

O bate papo completo pode ser assistido no canal do SINDJUFE-BA no link: http://www.youtube.com/watch?v=LfGvgZNNEgM

 

“Se eles querem israelizar as nossas periferias, a gente vai palestinizar a nossa resistência”

Já no dia 18, foi a vez do coordenador Fred Barboza receber Soraya Misleh, jornalista palestino-brasileira e Pedro Charbel, pesquisador dos direitos humanos, para discutir o que que está acontecendo na Palestina. No dia que era assinado um “cessar-fogo” entre o Hamas e Israel, Soraya destacava que as bombas seguiriam caindo sobre os habitantes de Gaza: “agora o mundo está vendo, mas tem bombardeio a conta-gotas direto, que é quando são testadas as armas que depois Israel vende pro mundo, [testadas] sobre as cobaias palestinas”.

Soraya explicou como foi a criação do Estado de Israel pelos sionistas e como isso resultou na catástrofe (Nakba) para o povo palestino. Soraya deu ainda um panorama da situação atual da Palestina ocupada, bem como dos despejos e o processo de limpeza étnica em Sheikh Jarrah em Jerusalém Oriental, que levou ao aumento da tensão na região e o quarto massacre em Gaza nos últimos 13 anos. Por fim, Soraya comentou sobre a forma como o apartheid sanitário de Israel levou ao bombardeio dos hospitais em Gaza, mesmo durante a pandemia e como o número de vacinados na região é inferior a 5% dos palestinos. Israel já vacinou 63% da sua população.

Pedro explicou como funciona o movimento BDS (boicote, desenvolvimento e sanções): “[O BDS] não deve só boicotar produtos para dormir com a consciência tranquila, não é um exercício dogmático individual, é uma forma de resistência. É ouvir o chamado do povo palestino por solidariedade e atender esse chamado, vinculando esse chamado inclusive com nossas próprias lutas locais”.  Pedro explicou que o BDS baseia-se em três condições, para que haja justiça na região: “fim da ocupação e colonização; direitos iguais entre palestinos e judeus; e, respeito ao direito de retorno dos refugiados”. Charbel conectou as lutas do povo palestino e a nossa lutas no Brasil: “vamos palestinizar a nossa resistência”.  Finalizou com uma provocação para que o SINDJUFE-BA se declare um ESPAÇO LIVRE DE APARTHEID.

O programa pode ser assistido também no canal do youtube (TvSindjufeBa), através do link   http://www.youtube.com/watch?v=PT24AsLh6Xs

 

Imprensa SINDJUFE-BA



 

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