Na quarta-feira, 26 de maio, às 14h, os/as trabalhadores/as da JFBA, em Assembleia Setorial Virtual, debateram e deliberaram entre outros temas, ato em solidariedade, condições de trabalho, retorno ao trabalho presencial na Justiça Federal, conforme sinalização da Direção do Fórum.
O coordenador do SINDJUFE-BA Jailson Lage, que dirigiu a Assembleia, abriu com informes diversos, reunião ampliada da Fenajufe, calendário de mobilização, bem como as propostas aprovadas em defesa da categoria. Alguns outros assuntos foram abordados como chamada para o Ato 29M, Diálogos de Classe, comissão de assédio moral e sexual, dentre outros.
No tocante ao Ato Nacional em Solidariedade aos Trabalhadores de Eunápolis, os presentes expuseram sua indignação com relação ao caso de assédio moral, prestaram apoio e solidariedade, contudo, aprovaram suspender o ato nacional, conforme proposta apresentada pela diretoria.
O último ponto de pauta foi bastante discutido entre os trabalhadores do Órgão – condições de trabalho e retorno ao trabalho presencial – demonstraram preocupação com o risco de contágio, entre os colegas, principalmente neste momento de aumento das mortes e dos casos de Covid-19.
Houve um rechaço generalizado da volta ao trabalho presencial e atendimento de Varas específicas, em especial, de Execução Fiscal. “Os colegas das varas de execução fiscal e da 1ª vara estão sofrendo assedio moral. Eles precisam de nossa solidariedade e do nosso apoio, vale lembrar que estamos todos em greve sanitária, por nossas vidas, pelas vidas de todos. O sindicato segue alerta. Todos aqueles que forem chamados a voltar ao trabalho presencial, para dar andamento a processos não urgentes, deve exercer seu direito à vida. Entrem em greve sanitária e comuniquem ao sindicato” são as palavras do coordenador Jailson Lage.
“É uma insensatez sem tamanho o retorno ao trabalho das varas de execução fiscal e em especial dos Oficias de Justiça vacinados e daqueles não vacinados, que se voluntariem trabalhar. Não cabe ao Estado, neste momento de grave crise social e econômica, colocar um Oficial de Justiça na porta do cidadão para cobrar uma dívida da União. As pessoas estão morrendo, estão passando fome. Hoje grande parte dos nossos lares é um velório e, o grande culpado de tudo isso é a União, na pessoa do presidente genocida Jair Bolsonaro. O Judiciário Federal baiano deve seguir o exemplo de outras seções e recuar nesse retorno absurdo”, disse a coordenadora Fernanda Rosa.
O diretor Jailson Lage, expôs, novamente, a posição da Direção do Sindicato, que é de preservar a vida dos trabalhadores e trabalhadoras do Judiciário Federal, bem como dos demais trabalhadores, com a manutenção do trabalho remoto e pontuou, ainda, que não há condições seguras para essa volta, pois a pandemia não foi, efetivamente, controlada e o Estado da Bahia tem vivenciado a volta da curva crescente de números de casos de Covid-19.
Confira todas as deliberações dessa Assembleia:
- Suspender Ato Nacional;
- Reafirmar a Greve Sanitária;
- Encaminhar Ofício à Direção do Foro para que o Sindicato participe de reuniões e possível Mesa de Negociação convocadas pela Administração, que envolvam a comunidade de servidores da JFBA e para que a Administração entenda que o SINDJUFE-BA é o representante oficial dos servidores;
- Solicitar a DIREF que informe o quantitativo de pessoas contaminadas em trabalho presencial;
- Repudiar o retorno do trabalho presencial e atendimento de Varas específicas, em especial, de Execução Fiscal;
Imprensa SINDJUFE-BA