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Notícia postada dia 19/03/2021

Notícia postada dia 19/03/2021

Bolsonaro quer vender a Petrobras, os Correios e a Eletrobras

Bolsonaro quer vender a Petrobras, os Correios e a Eletrobras

O Presidente do Brasil, Bolsonaro, além de dar continuidade à sua política genocida face à pandemia, começou 2021 avançando na implementação de suas políticas econômicas neoliberais. Após a eleição dos seus aliados às presidências da Câmara e do Senado, apresentou uma lista de medidas prioritárias. Na verdade, uma lista de ataques, como a Reforma Administrativa e a privatizações de grandes estatais como a Petrobras, os Correios e a Eletrobras.

É preciso fortalecer as lutas em defesa das estatais, unificando com as lutas em defesa dos serviços públicos e, buscando essa unidade na luta, o SINDJUFE-BA é parte do Fórum Bahia contra as Privatizações.

Vender a Petrobras, os Correios e a Eletrobras é um crime de lesa-pátria. Quem paga a conta dessa política entreguista é a população. Temos que defender a Soberania Nacional e nossas estatais. A Petrobras, os Correios e a Eletrobras precisam ser 100% estatais e públicas, a serviço da população e não ao lucro de capitalistas das bolsas de valores.

 

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DEPOIMENTOS

Keila Fernanda, trabalhadora dos Correios na Bahia

Os Correios estão presentes em todos os municípios do país. Faz chegar vacinas, distribui livros da rede pública, entrega as provas do ENEM, emite CPF e em muitos lugares é a única forma do Estado chegar às cidades mais remotas, atuando, inclusive, com serviços bancários, através do Banco Postal.

É uma estatal que se autossustenta. O governo não injeta dinheiro na empresa. Ela mesma paga seus custos com folha de pagamento, manutenção, ou qualquer outro gasto. O contrário, no entanto, ocorre. Os Correios cedem capital à União. A ECT também atua como reguladora dos preços de seu seguimento, onde, até o momento, tem preços mais baratos e alcança os lugares mais remotos.

Apesar disso tudo, o projeto de privatização dos Correios segue a passos largos no governo Bolsonaro, que desde a campanha deixou explícita sua intenção em privatizar a empresa. Infelizmente essa movimentação não começou agora, atravessou vários governos desde o governo Dilma (PT) e tem sido feito com estratégias de sucateamento dos serviços, retiradas de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, terceirização do plano de saúde, mudança em normas internas e muita propaganda de que os Correios têm dívidas e não se sustenta.

Com a privatização só os empresários do seguimento de logística ganharão. Os serviços tendem a encarecer. Trabalhadores e trabalhadores poderão perder seus empregos e suas famílias ficarão desamparadas.

Defender os Correios público e de qualidade é tarefa de toda a sociedade. A população é quem pagará o mais alto preço da privatização. Com serviços encarecidos e com área de abrangência reduzida, além de não ter mais acesso aos serviços oferecidos pelo Estado através dos Correios.

 

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Marlon Whistner, trabalhador da Eletronorte, subsidiária da Eletrobras, no Pará

A privatização da Eletrobras será um desastre. Hoje todo o sistema regulatório do sistema elétrico já funciona com a lógica privada, o que vem tornando difícil à Eletrobras concorrer com as empresas de fora, já que elas oferecem preços baixíssimos nos leilões de novos ativos, depois não tem condições de operar e manter. Para falar em português claro: as empresas chinesas, americanas e europeias apostam na precarização do trabalho e em uma péssima prestação de serviço para obter altos lucros no Brasil. O apagão que ocorreu no Amapá é um exemplo disso. Isso vem ocorrendo constantemente. Essas empresas sempre estão causando apagões e depois contratam algumas das subsidiárias da Eletrobras pra resolver o problema, porque elas não têm sequer equipes em número suficiente para atuar em uma situação como essa.

Hoje, é a Eletrobras que sustenta o sistema energético em nosso país. A privatização vai trazer piora do serviço e aumento dos preços. Sem contar as demissões.

Bolsonaro quer entregar ao capital privado e internacional uma empresa estratégica, que dá lucro. A Eletrobras tem perspectiva de aumentar lucro e crescer no futuro com a produção dos carros elétricos e cidades conectadas, a demanda por eletricidade só vai aumentar. Hoje, ela já é a maior empresa de energia elétrica da América Latina.

O único objetivo da privatização é beneficiar grandes grupos econômicos. Não podemos aceitar. Caso isso ocorra, a sociedade, de conjunto, vai pagar a conta desse crime de lesa-pátria.

 

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Edilene Farias (Leninha), petroleira aposentada e demitida política da RLAM, Bahia

Hoje, estamos sentindo no bolso a política de privatização e de entrega da Petrobras, a maior estatal brasileira, ao capital privado. Os sucessivos aumentos dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha são frutos de uma política de preço que acompanha o valor do produto no mercado internacional, custos de importação e a variação do dólar. Isso com o objetivo de garantir o lucro dos acionistas, que hoje controlam 62% do capital da empresa.

Enquanto um punhado de acionistas lucram, mais de 14 milhões de famílias brasileiras estão cozinhando à lenha, porque não têm condições de comprar um botijão de gás.

Esse desmonte da Petrobras teve inicio no governo de FHC (PSDB), que acabou com o monopólio estatal do petróleo e deu início aos leilões de venda dos campos de extração de petróleo. Política que foi seguida pelos governos do PT – Lula e Dilma –, por Temer (MDB) e ganha um salto no de Bolsonaro. Esse governo está desmontando a Petrobras, promovendo uma rapina sem precedentes no país. Ele já privatizou a BR Distribuidora, impôs uma política de desinvestimento que retira a Petrobras do Nordeste e do Norte e, agora, quer vender oito, das treze refinarias da Petrobras.

Precisamos construir um forte movimento nacional contra as privatizações de nossas estatais. Não podemos deixar que esse Presidente genocida entregue a Petrobras, os Correios e a Eletrobrás ao capital privado e estrangeiro. Somente a unidade de toda a classe trabalhadora pode derrotar esse projeto neoliberal, entreguista e colonial de submissão ao imperialismo. Queremos e precisamos de nossas empresas 100% públicas e estatais, a serviço do povo brasileiro.

 

Imprensa SINDJUFE-BA

 

              



 

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