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A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) afirmou nesta segunda-feira (13) em entrevista coletiva que se sentiu “traída” pela servidora Liane Muhlemberg. Uma ONG encabeçada pela funcionária recebeu verbas de emendas parlamentares.

“Era uma pessoa que trabalhava em minha assessoria e eu desconhecia que ela tivesse relação com qualquer instituto. Eu nunca fiz nenhuma emenda para nenhum instituto, e ela foi exonerada e ponto. Eu tenho que tratar agora é do orçamento”, resumiu a parlamentar, recém-indicada para assumir a relatoria da CMO (Comissão Mista de Orçamento).

A petista negou que a denúncia tenha fragilizado a possibilidade de sua permanência no cargo da CMO, que seria ratificado hoje pelos membros. Na avaliação dela, a exoneração da assessora, nesta segunda-feira, encerra o assunto.

“Resolve o problema da decisão porque eu me senti enganada, eu me senti traída. Então eu não posso contar com uma assessoria deste tipo. É esse o problema que eu resolvo. Agora, se existirem irregularidades, essas irregularidades têm de ser investigadas por órgãos competentes”, defendeu. 

Reportagem da revista "Veja" revelou que projetos do Ipam (Instituto de Pesquisa, Ação e Mobilização), chefiada por Liane, receberam recursos por meio de emendas parlamentares.

Serys confirmou que a indicação da funcionária foi feita por ela, mas, que mesmo convivendo por cerca de três anos com a servidora, não sabia do trabalho dela com o instituto. “Eu nunca soube disse. Se eu soubesse, ela teria sido exonerada na mesma hora. Não se conversa sobre isso, se exonera”.

A senadora disse ainda que trabalha desde o fim de semana para se inteirar sobre as discussões do Orçamento 2011. Ela se reuniu pela manhã com a equipe econômica do ministério do Planejamento; à tarde encontra com líderes partidários e, no fim do dia, espera receber o relatório da Receita, o qual terá de estudar de onde irá retirar os R$ 8 bilhões pedidos pelo Executivo.
 

Fonte: UOL