Bolsonaro minimizou a gravidade da Covid-19, durante toda a pandemia, assim como diversos de seus ministros e apoiadores. Mesmo quando do anúncio das vacinas, eles demonstraram, por diversas vezes, o desinteresse em implementar um programa sério de vacinação. Bolsonaro chegou a suspender a compra de seringas, sob o argumento de que os fabricantes aumentaram o preço do produto, quando, naturalmente, a procura pelo insumo aumentou! Logo eles, que defendem o ‘livre mercado’ e acham que é natural referenciar os preços do gás de cozinha, item básico na vida do trabalhador, pelo preço do mercado internacional e do dólar?
Todavia, assim que a vacinação começou, o que vimos foram as tentativas dos negacionistas, dos apoiadores de Bolsonaro e dos que defendiam a exposição dos trabalhadores, para que “os cnpjs não morressem” em tentar, por todos os meios, serem vacinados o mais rápido possível.
Nesta linha, chamou a atenção, o cinismo do Deputado Federal, Paulo Ganime, líder do NOVO, ao defender a venda da vacina, argumentando que isto não era furar a fila, mas sim, criar uma fila paralela. O NOVO antecipa a Reforma Administrativa de Bolsonaro e deixa claro que saúde pra eles é, apenas, para quem possa pagar!
Seguindo essa linha, Bolsonaro autorizou a compra de vacina por empresas privadas para os seus trabalhadores. Afirmou, também, que a contrapartida é a cessão de vacinas para o SUS. Bolsonaro brinca com a nossa inteligência! Em um país, com uma massa enorme de desempregados, desalentados e trabalhadores na informalidade, Bolsonaro dá mais um passo para transformar a saúde em uma mercadoria.
Para Bolsonaro, Ganime e cia, a vida das pessoas é uma mercadoria como outra qualquer. Quem pode, paga por ela, quem não pode, que conte apenas com a sorte. Essa é a essência da Reforma Administrativa de Bolsonaro, Guedes e Mourão! Para eles o Estado serve, apenas, para transferir dinheiro público para as grandes corporações. Como afirmou, explicitamente, o Parasita, Paulo Guedes, o que eles querem é usar “recursos públicos pra salvar grandes companhias”, tudo “by the book”, enquanto para nós, trabalhadores, restaria a extinção de nossos direitos.
Caso a Reforma Administrativa, de Bolsonaro e Guedes, já tivesse sido aprovada, a proposta do Ganime seria a regra!
Caso a Reforma Administrativa, de Bolsonaro e Guedes, já tivesse sido aprovada, a vacina seria um privilégio, para quem pudesse pagar por ela!
Defenda o Serviço Público. Diga não à Reforma Administrativa.
Imprensa SINDJUFE-BA