Nós não temos nenhuma ilusão acerca de quem são e o que representam os ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. O primeiro, um ex-Executivo de plano de saúde, ex-Deputado, eleito com o apoio das empresas de saúde privada e articulador da EC 95, que limitou as verbas do SUS, da Educação e de outros serviços públicos. O segundo, um Empresário dono de empresa de apoio à gestão de saúde, e autor de inúmeras declarações, que o colocam como alguém que vê a saúde como mercadoria.
Ainda assim, durante a pandemia, os dois médicos, ao agirem de forma técnica, foram sumariamente exonerados do cargo de Ministro da Saúde, ao se contraporem à política assassina do Presidente Bolsonaro.
Recentemente, Bolsonaro tentou, por diversas vezes, boicotar o início do processo de imunização contra a covid-19. Apesar disso, a ANVISA pode se pautar pela melhor técnica e aprovar, em curto espaço de tempo, mas sem abrir mão da segurança do processo, o uso de dois imunizantes, permitindo o início da campanha de vacinação.
Se Bolsonaro pudesse, certamente teria exonerado todos os técnicos da ANVISA, ou, até mesmo, extinguido o órgão. Atualmente isso não é possível em função da estabilidade, prevista no regime dos servidores, que serve prioritariamente para garantir a continuidade dos serviços e proteger o cidadão.
Caso a Reforma Administrativa, de Bolsonaro e Guedes, já tivesse sido aprovada, certamente Bolsonaro poderia ter imposto a sua política assassina, perseguindo e exonerando os técnicos da ANVISA, com a mesma caneta que exonerou Mandetta e Teich.
Caso a Reforma Administrativa, de Bolsonaro e Guedes, já tivesse sido aprovada, a vacina contra o SARS-COV2 não estaria sendo aplicada no Brasil.
Defenda o Serviço Público. Diga não à Reforma Administrativa.
Imprensa SINDJUFE-BA