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O Brasil ultrapassa a marca de mais de 200.000 brasileiros mortos. A essa altura da pandemia, todos nós já fomos obrigados a nos despedir, prematuramente, de alguém, em virtude da covid-19. Ainda assim, Bolsonaro segue com sua necropolítica de minimização da pandemia, negação da realidade e menosprezo à Ciência. 

Há algum tempo estamos  reafirmando a necessidade de derrotar este governo, para preservarmos as nossas vidas. Essa não é uma afirmação retórica. O recente episódio de falta de oxigênio no Amazonas, sob o olhar conivente do Ministro da Saúde (Eduardo Pazuello) que, mesmo sabendo da possível falta deste suprimento - básico em qualquer situação e indispensável durante uma pandemia de um patógeno respiratório -, preferiu estimular o uso de medicamentos sem qualquer utilidade comprovada no controle da doença, ao invés de agir para evitar a morte de dezenas de brasileiros. Além disso, os constantes esforços do governo para retardar e dificultar a aplicação das vacinas no Brasil, confirmam, amplamente, a nossa afirmação. Fora Bolsonaro! Fora Mourão!

Se a situação não está pior, deve-se muito ao Serviço Público brasileiro, que vem atuando, desde o sequenciamento genético do vírus, realizado por uma Doutora, formada pela UFBA, em projeto realizado em parceria com a FIOCRUZ (também uma instituição pública); seguindo pelo desenvolvimento de uma vacina pelo, também público,  Instituto Butantan; pela aprovação das vacinas disponíveis, feita por servidores públicos estáveis da ANVISA, contrariando, inclusive,  o desejo e a política do governo Bolsonaro; até a distribuição das, ainda, pouquíssimas doses disponibilizadas pelo PNI (Programa Nacional de Imunização) do SUS; o Serviço Público e seus servidores têm atuando, incansavelmente,  para salvar a vida dos brasileiros, opondo-se, inclusive, à política governamental. 

Ainda assim, ou talvez por isso, o governo Bolsonaro (do Ministro parasita, Paulo Guedes) em conjunto com o Congresso Nacional de Baleia Rossi, Arthur Lira, Maia e Alcolumbre, desejam aprovar a ‘reforma administrativa’, que representa o desmonte do aparato público, cuja atuação  vem impedido uma tragédia de contornos catastróficos. Usando de mentiras, o governo tenta colocar a culpa da crise na conta do Serviço Público e dos seus servidores. São os mesmos mentirosos, que afirmaram que a Reforma  Trabalhista geraria empregos e que, agora, colocam o rabo entre as pernas quando a Sony e Ford fecham suas fábricas, após se valerem, por tanto tempo, de transferência de recursos públicos, via renúncia fiscal. Eles mentiram na Reforma Trabalhista, mentiram na Reforma da Previdência e agora mentem na Reforma Administrativa.

O nosso desafio para esse ano, que ora se inicia, está colocado: É preciso defender o Serviço Público brasileiro; garantir vacina para todos e colocar pra fora Bolsonaro, Mourão e Guedes!

Imprensa SINDJUFE-BA