Acesso Funcionarios

Notícia postada dia 19/11/2020

Notícia postada dia 19/11/2020

Novembro Negro: Conheça a história de Manuel Faustino dos Santos Lira

Novembro Negro: Conheça a história de Manuel Faustino dos Santos Lira

Amanhã, 20 de novembro, é celebrado o dia da Consciência Negra. Essa data foi escolhida,  por ser atribuída como a data de morte de Zumbi dos Palmares.

Para nós, o dia 20 de novembro não é um dia de celebração, mas  de reflexão, elaboração e ação, visando destruir o racismo, bem como  qualquer tipo de opressão.

A partir de hoje, até a próxima quarta (25), o SINDJUFE-BA trará a lembrança de uma personalidade negra da História da Bahia. Na quinta (26) fecharemos o nosso Novembro Negro com um “Diálogos de Classe” especial sobre o tema.

**

Manuel Faustino dos Santos Lira foi um alfaiate baiano e um dos líderes da Conjuração Baiana, ocorrida em Salvador, que ficou conhecida como Revolta dos Alfaiates. Ele era filho de uma escrava liberta. 

Em meados da década de 1790, passa a frequentar reuniões secretas, nas quais discutem os ideais da Revolução Francesa e sua possível aplicação na sociedade brasileira. Em 1798, foi um dos primeiros a ser considerado suspeito da autoria de panfletos anônimos, que conclamavam a população de Salvador a declarar e defender a "República Baiense".

Os panfletos, espalhados pela cidade, chamavam o povo a se rebelar contra a Coroa Portuguesa e o governo da Capitania. Neles podia-se ler: “Animai-vos povo baiense que está para chegar o tempo feliz de nossa liberdade: o tempo em que seremos todos irmãos, o tempo em que todos seremos iguais.”

A Revolta dos Alfaiates foi uma revolução abortada, justamente, pelo medo da participação popular e dos escravizados, que lutavam pela abolição. A revolução foi abortada por ter sido um processo que se radicalizou e acabou sendo traído por uma burguesia, que não estava disposta a ir às últimas consequências para defender seus interesses. Uma revolução abortada, porque a covardia e debilidade da elite brasileira colocaram freio no processo e o fez retroceder, mantendo, ao fim, a mesma conformação: uma colônia com mão de obra de negros e negras escravizados, para garantir lucros a Portugal.

A investigação acusou 48 pessoas de envolvimento na revolta, mas “apenas” quatro foram condenadas à morte por enforcamento. Não por acaso, todos descendentes de africanos escravizados. Lucas Dantas de Amorim Torres e Luís Gonzaga das Virgens eram soldados. Manuel Faustino Santos Lira e João de Deus do Nascimento, alfaiates. Os corpos dos enforcados foram esquartejados e as partes expostas na cidade como um lembrete.

Negro é a raiz da liberdade.

 

Imprensa SINDJUFE-BA



 

Acessem nossas...

Redes Sociais !

TRANSMISSÃO ONLINE

TRANSMISSÃO ONLINE