Demonstrando claro desespero, o Ministro da Economia ameaçou suspender salários de servidores federais caso a Reforma da Previdência não seja aprovada. O Ministro deve saber que não tem poderes para isso, mas segue a linha do governo Bolsonaro de não respeitar as leis nem mesmo à Constituição Federal para conseguir impor seu plano de governo a toque de caixa mesmo que leve milhões à pobreza. Os grandes empresários nacionais se reuniram com o Vice Presidente Hamilton Mourão, e após, os donos da HAVAN â um velho conhecido dos trabalhadores, que responde por assédio â e da RIACHUELO repetiam a fala do Ministro e ameaçou os seus funcionários a ficar sem salários se a reforma não passar.
Assim como eles, provavelmente outros empresários e altos agentes públicos estão utilizando desse tipo de chantagem para ver aprovado o fim da seguridade social no Brasil. O projeto de Capitalização que está na PEC 06/19 para substituir o modelo atual foi implantado no Chile pelo mesmo grupo de Paulo Guedes (denominado Chicago Boys), e levou o PaÃs a recordista de suicÃdio de idosos. Hoje o PaÃs estuda reestatizar a previdência. O mesmo aconteceu na Colômbia. Na Argentina a miséria cresceu nesses dois anos tendo na Presidência um governo com ideologia semelhante à de Guedes. Só para citar os mais próximos.
As reiteradas ameaças, propagandas falaciosas, barganhas com parlamentares, acordos com grandes mÃdias feitas a custo elevado e sem respeito ás leis e à ética, revelam o desespero do governo ao reconhecer a dificuldade em aprovar essa reforma já conhecida como o âfim da previdênciaâ.
A resposta dos trabalhadores, seja da iniciativa privada ou do serviço público, e dos movimentos sociais, tem sido a rejeição total à proposta, e de seguir construindo mobilizações. No dia 17 de abril está prevista a primeira votação do projeto, na CCJ da Câmara de Deputados. Segundo a coordenadora Denise Carneiro âapesar de sabermos que provavelmente será aprovada ali na Comissão, pois o governo tem maioria, sabemos que se fosse votada em plenário seria rejeitada, e vamos intensificar a mobilização em todos os espaços inclusive construindo uma forte greve geral, que foi o que impediu a reforma de Temer de passarâ. O coordenador Wellington Santana continuou: âSentimos que as ameaças reforçaram ainda mais a determinação dos servidores, que fizeram um ato muito representativo no dia 22 e faremos mais. Vamos voltar aos aeroportos, à s ruas, à s redes sociais, enfim, sabemos como fazer, só nos resta arregaçar as mangas!â.
O SINDJUFE-BA tem participado de todas as mobilizações e chama os servidores para as próximas atividades que serão divulgadas em breve.
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Imprensa SINDJUFE-BA