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Notícia postada dia 25/01/2018

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Ida de Rodrigo Maia ao STF tenta legitimar roubo de aposentadorias, diz servidor

Ida de Rodrigo Maia ao STF tenta legitimar roubo de aposentadorias, diz servidor

Cármen Lúcia recebeu presidente da Câmara para tratar da PEC da Previdência; servidores preparam protestos contra proposta

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reuniu com a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, para tratar da proposta de reforma da Previdência Social, na quarta-feira (24). A pauta da conversa incluiu a questão do extrateto do funcionalismo público, em tramitação no Congresso Nacional e que interessa especialmente à magistratura e a procuradores.

A proposta que altera as regras da Previdência Social é rejeitada pela maioria da população brasileira e vem tendo aspectos contestados judicialmente no STF. No segundo semestre de 2017, a ministra Cármen Lúcia cassou liminar que suspendia a propaganda oficial do governo a favor da reforma da Previdência. Na decisão, a presidente da mais alta corte do país chegou a dizer que a não veiculação da propaganda colocava em risco a administração pública.

 

‘Roubo das aposentadorias’

A movimentação do presidente da Câmara é parte das articulações da base parlamentar governista para tentar aprovar a Proposta de Emenda Constitucional 287/2016. A visita recebeu críticas de servidores do Judiciário Federal que integram os movimentos contra a reforma da Previdência. "Sem votos suficientes na Câmara, o governo busca toda forma de apoio para legitimar o roubo das aposentadorias, foi uma reunião para tratar de ataques a direitos", disse o servidor Cristiano Moreira, da coordenação da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e MPU (Fenajufe) e dirigente do sindicato da categoria no Rio Grande do Sul (Sintrajufe-RS). "O STF não pode compactuar com o confisco das aposentadorias, já rejeitado pela imensa maioria da população, como demonstrado em várias pesquisas", disse.

O encontro entre os dois chefes de poderes ocorreu quando Rodrigo Maia exercia provisoriamente a Presidência da República, por conta da viagem de Michel Temer a Dávos, na Suíça. “Tenho um ótimo diálogo com a ministra Cármen Lúcia. Discutimos temas que têm relação da Câmara dos Deputados com o Poder Judiciário e de mais interesse para a sociedade e para a carreira dos juízes, e que geram alguma polêmica. Vamos continuar dialogando. É preciso que essas pautas sejam construídas de forma harmônica entre os dois poderes e assim tem sido feito e assim será feito nessas duas votações que devem ocorrer no início do ano”, disse o presidente da Câmara, segundo divulgou a assessoria de comunicação do STF.

 

Mobilização

O governo segue afirmando que colocará a PEC 287 em votação no Plenário da Câmara dos Deputados no dia 19 de fevereiro. Duas semanas antes, no dia 5, pretende que seja feita a leitura do novo texto da proposta em Plenário. Entidades sindicais nacionais do funcionalismo público federal já divulgaram calendário inicial de atividades que buscam deter a reforma.

Entre elas, acontecerá nos dias 3 e 4 de fevereiro, em Brasília, uma reunião ampliada do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). Para o período de 19 a 23 de fevereiro, o fórum apontou a realização de uma jornada de mobilizações na capital federal e nos estados, incluindo acampamento e caravana a Brasília.

 

Hélcio Duarte Filho

Luta Fenajufe



 

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