SINDJUFE-BA

Mais de 100 pessoas feridas e cerca de 60 detidas

Desde ontem (18), milhares de pessoas saíram de casa para dizer “não” as propostas do governo argentino. Trabalhadores estão em greve geral e a votação teve de ser interrompida no congresso argentino. Em Bueno Aires, capital da Argentina, a sessão foi suspensa após manifestações pelas ruas da cidade, que culminou em confronto com a polícia. De acordo com o Sistema de Atenção Médica de Emergências de Buenos Aires, 109 pessoas foram atendidas, entre civis e policiais. O Ministério de Segurança da Cidade informou que 60 pessoas foram detidas.

Entenda

A proposta do governo argentino visa ajustar a aposentadoria, que passaria de semestral, a trimestral. Além de alterar um composto de 70% da taxa de inflação e 30% da variação no salário dos servidores públicos com estabilidade (servidores públicos).

De acordo com a AFP (Agência Internacional de Notícias), o impacto que a reforma propõe prejudica aposentados, pobres e deficientes em uma população de 42 milhões de pessoas.

Mesmo barco

No Brasil, a realidade não é diferente. Grupos sindicais, entre eles o SINDJUFE-BA, intensifica as ações contra o presidente Temer e as suas reformas. No dia 5 de dezembro, o sindicato foi protagonista em atos e manifestações no Campo Grande e LIP (Ligação Iguatemi Paralela), além de realizar palestras nos órgãos da Justiça Federal, TRT e TRE. Na Bahia, a pressão contra a reforma da previdência está cada dia mais sólida. O SINDJUFE-BA conseguiu liminar para barrar propaganda enganosa do governo nos veículos de comunicação, além de fiscalizar as mentiras veiculadas pelos mesmos. Assim como na Argentina, estamos fazendo nossa parte aqui no Brasil. A disputa no futebol e a “imagem” que é transmitida acerca da rivalidade entres os países é deixado de lado para lutar por uma só causa. Afinal de contas, estamos todos, no mesmo barco.

Desfecho da Argentina

Na manhã desta terça-feira (19), o congresso aprovou a reforma da previdência, foram 128 votos a favor, 116 contra e duas abstenções em uma sessão de 17h. No entanto, a maioria dos deputados optaram por reformar a previdência. O que não ocorre no Brasil. O governo Temer adiou 2 vezes a votação, por não ter parlamentares o suficiente em defesa de suas propostas.

Alisson Wanderfillk

Imprensa SINDJUFE-BA