SINDJUFE-BA

No dia 25 de julho comemora-se, no Brasil, o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, em homenagem à líder quilombola que viveu no século 18 e que foi morta em uma emboscada. Desse modo, o SINDJUFE-BA demonstra apoio à luta da mulher negra e o combate ao racismo e feminicídio.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), dos 25 países com os maiores índices de feminicídio do mundo, 15 ficam na América Latina e no Caribe. Nesse contexto, segundo o Mapa da Violência/2016, as mulheres negras são mais vítimas de violência obstétrica, abuso sexual e homicídio. Segundo o Mapa da Violência/2016, os homicídios de mulheres negras aumentaram 54% em dez anos no Brasil, enquanto os casos com vítimas brancas caíram 10%.

Além da violência, as mulheres negras ainda têm de lutar contra a falta de representatividade. Isso deve-se, principalmente, ao fato dessas mulheres estarem designadas a postos de trabalho precarizados – em razão do racismo estrutural – e, por isso, são barradas dos meios de comunicação, dos cargos de chefia e do governo. Outro fator também é a desigualdade entre a mulher negra e a mulher branca: no Brasil, mulheres brancas recebem 70% a mais do que as negras, segundo a pesquisa Mulheres e Trabalho, do IPEA/2016.

O 25 de julho é mais do que uma data de celebração, é uma data de luta. Luta pelo direito à vida e à dignidade das mulheres negras e, sobretudo, pelo combate ao racismo e feminicídio. O Sindjufe-BA – junto com o seu Núcleo de Combate às Opressões - entende a necessidade de estimular o debate na categoria, como forma de dar visibilidade à causa dessas mulheres e a importância de se pressionar o poder público por políticas públicas mais efetivas que garantam o direito à vida das mulheres negras. A vida da mulher negra importa!

Vitor Figueiredo

Imprensa SINDJUFE-BA