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O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Filho, não merece o cargo que ocupa e deveria ter a hombridade de se retirar dele. O seu apoio vergonhoso à reforma trabalhista e ao governo de Michel Temer (PMDB), macula definitivamente sua passagem pelo TST.

Com Ives Gandra Filho na Presidência, o TST transformou-se em extensão do governo Temer. Contraditoriamente, Gandra defendeu essa reforma causando grande estranhamento aos operadores da trabalhista.

Sua presença à cerimônia em que Temer sancionou o maior ataque à CLT -cuja aprovação é o passo anterior ao desmonte da JT - causou profunda revolta em todos os atingidos por esse ataque.

Ocupando o lado oposto ao esperado, esse presidente contraria tudo que dele se esperava pelo lugar que ocupa, e usa seu cargo para atacar magistrados e trabalhadores do Judiciário Federal que se posicionam ativamente em defesa da Justiça do Trabalho, chegando a cometer o ato inacreditável de apresentar reclamações disciplinares contra os juízes do trabalho que defenderam em artigos essa justiça que fizeram coro aos estudiosos desse ramo do direito.

A defesa do maior aparato defensor de trabalhadores é a obrigação inclusive institucional dos representantes desse órgão, ameaçado de sucumbir. Se seu presidente vem contra essa obrigação funcional e moral de deveria ter a hombridade de se retirar da cadeira e passar a atuar no prédio situado no outro lado da praça, à sombra do presidente da república. Exigimos um Poder Judiciário autônomo, independente e ético.

Fora Ives Gandra!

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