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Notícia postada dia 01/02/2017

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De empresário símbolo a foragido, Eike fez fortuna com privatização de bens públicos

De empresário símbolo a foragido, Eike fez fortuna com privatização de bens públicos

 Empresário cujo império desmoronou chegou a ser apontado como exemplo da eficácia do setor privado em contraponto ao público

 

O homem que fundou a OGX em 2007, arrematou 21 blocos para exploração de petróleo apenas quatro meses depois em um leilão de privatização da agência nacional do setor e chegou a ser visto durante anos por políticos, executivos e meios de comunicação como o ‘exemplo’ da eficiência do empresariado no país, está foragido.  Caso seja preso, Eike Batista poderá fazer companhia ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho (PMDB), a quem costumava empresar jatinhos particulares, encarcerado no complexo penitenciário de Bangu, em uma unidade que ele próprio inaugurara quando governava o estado. Ambos são alvos da Operação Lava-Jato.

 

O empresário que ganhou fortuna explorando pedras preciosas no subsolo brasileiro, expandiu os negócios tendo como base as privatizações e se tornou o homem mais rico do país em 2012 viu seu império ruir, há cerca de dois anos, com a queda das ações na Bolsa de Valores da petroleira. Motivo: tornara-se público que as previsões de exploração de petróleo e do tamanho das reservas anunciadas pela OGX, e que impulsionaram a valorização da empresa, estavam superestimadas.

 

A decretação da prisão do empresário tem como base a suposta relação corrupta dele com o ex-governador do Rio, que, faz pouco tempo, não poupava elogios a Eike.“Ter você como grande líder de todos os investimentos privados na América do Sul é extraordinário, para nós é um grande orgulho. O Brasil precisa reconhecer seus empreendedores”, disse Cabral durante uma cerimônia ocorrida em 2012, em São João da Barra, no norte do Estado do Rio, onde, àquela época, o empresário construía o Superporto de Açu, graças a uma concessão do estado para exploração portuária privada de uma área pública.  Na mesma ocasião, recebeu elogios da então presidente Dilma Rousseff (PT). “O Eike é o nosso padrão, a nossa expectativa e, sobretudo, o orgulho do Brasil quando se trata de um empresário do setor privado”, disse.

 

As relações de Eike com outros grupos políticos ficam evidentes na composição, até 2013, do conselho de administração da OGX, que incluía nomes como o economista Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). No ano passado, em um depoimento espontâneo à Justiça Federal, em Curitiba, o empresário disse que, “por valores republicanos”, fizera doações, não somente para fins eleitorais, em quantias iguais ao PT e ao PSDB – o que pode ser conferido em vídeo postado no You Tube. Os procuradores da Lava-Jato, porém, não deram importância à informação. 

 

LutaFenajufe Notícias

Por Hélcio Duarte Filho
Sexta-feira, 27 de janeiro de 2017



 

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