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Notícia postada dia 21/09/2016

Notícia postada dia 21/09/2016

Intransigência em atender reivindicações tem forte resposta da categoria bancária em greve

Intransigência em atender reivindicações tem forte resposta da categoria bancária em greve

  

O setor financeiro apresentou uma proposta vergonhosa: 7% de reajuste e abono de 3.300 reais diante de uma inflação de 9,57% no período. Isso significaria uma perda salarial de 3% no ano. Na última década, a cada três anos, os bancos cresceram o equivalente a um novo banco. Os lucros continuam em num patamar muito acima do resto da economia. Os banqueiros afirmam que lucraram menos que em 2015, mas mesmo com o freio no crédito, os financiamentos aprovados pelo governo do PT às grandes empresas e o aumento da inadimplência que atingem o setor, o lucro dos cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) no primeiro semestre de 2016, chegou a R$ 29,7 bilhões. Enquanto isso houve corte de 7.897 postos de trabalho só nos primeiros sete meses do ano. O que eles não dizem é que os lucros bilionários nos últimos anos foi muito superior aos aumentos salariais.

 

 

 

Reestruturação dos bancos ameaçam nossos empregos

 

Se a pequena diminuição do lucro deve-se à inadimplência de grandes empresas do país, como a Oi e a Sete Brasil que tinham empréstimos bilionários, os bancos continuam diminuindo seus gastos com folha de pagamento, aumentando sua receita com cobrança de tarifas e com um dos maiores juros do mundo. Só exemplificando, houve o pedido de recuperação judicial da Sete Brasil, OAS, Queiroz Galvão, vários estaleiros e Oi, cujos créditos e debêntures totalizam R$ 4,4 bilhões. E os bancos continuam editando formas de manter os lucros: redução drástica dos gastos administrativos e o quadro funcional, aumento da tecnologia, do atendimento digital e da terceirização. Tais reestruturações atingem também os bancos privados: o Bradesco, com a incorporação do HSBC e o Itaú -na vanguarda,- com o fechamento de agências e transferência de clientes ao banco virtual. Fica nítido que a FENABAN (Federação Nacional dos Bancos), em uma política articulada com o governo Temer, pretende que nós trabalhadores paguemos uma conta que não é nossa.

 

A greve segue forte!

 

A greve dos bancários segue fortalecida. A paralisação atingiu 12.727 agências e 52 centros administrativos em todo o pais, até esta sexta-feira (16). A enrolação dos banqueiros em não apresentar propostas no setor mais rentável do país é combustível para seguirmos lutando. Além das cláusulas econômicas, há questões como a CASSI (plano de saúde) no BB, reestruturação e o RH184 (que dá poderes ao gestor de retirar funções) na Caixa e as demissões nos bancos privados que sequer foram abordadas na mesa de negociação. Alia-se a isso a proposta de mudanças na previdência e nos direitos trabalhistas do governo para percebermos que a unidade é nossa arma. Dia 22 acontecerão atos nacionais e dia 29 uma paralisação dos metalúrgicos em todo o país. Isso demonstra o ânimo da nossa classe para tirar das nossas costas a conta da crise.

 

Fonte: Conlutas



 

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