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Notícia postada dia 18/07/2016

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STF tem que atuar contra eventuais vetos no projeto salarial, cobram servidores

STF tem que atuar contra eventuais vetos no projeto salarial, cobram servidores

 Federação cobra de tribunais superiores atuação efetiva para que PLC seja sancionado sem vetos; servidores do PJU e MPU trabalham nesse sentido

 

O STF e os demais tribunais superiores têm obrigação de cobrar do presidente da República interino, Michel Temer (PMDB), que o projeto de reajuste salarial dos trabalhadores do Judiciário Federal aprovado no Congresso Nacional seja sancionado sem vetos.

 

É o que afirmam servidores que integram a direção da federação nacional da categoria, a Fenajufe, que oficiou o STF cobrando posição do ministro Ricardo Lewandowski neste sentido. O Ministério do Planejamento recomendou ao presidente em exercício que vete o artigo 6º do projeto de lei que reajusta os salários dos servidores do Judiciário Federal. O item é referente à absorção dos 13,23%.

 

O artigo não interfere de imediato na tabela salarial, mas ameaçaria o reconhecimento dos passivos dos 13,23%, que ganhou uma conotação política maior diante do modo com que o ministro Gilmar Mendes atuou no STF para reverter seu reconhecimento. O parecer do ministério é uma recomendação, que pode ou não ser seguida pela Presidência.

 

A informação sobre o parecer foi confirmada à direção da federação pelo diretor-geral do STF, Amarildo Vieira, que alegou não haver muito o que fazer com relação a isso. “Mas sabemos que a principal preocupação do Supremo é evitar possíveis vetos no item do aumento dos CJ”, observa Adilson Rodrigues, da coordenação da federação, ao questionar a possível falta de empenho do tribunal superior em defender as demandas dos servidores.

 

Outros itens

 

Há informações não oficiais e de origem não confirmada de que haveria a indicação de vetos em outros itens, notadamente no que se refere ao início da aplicação do reajuste a partir de 1º de julho. Nestes aspectos, porém, não há confirmação nem por parte do STF, nem da Casa Civil.

 

De todo modo, caso haja fundamento na informação, haveria o risco de prevalecer o entendimento de que a implementação só começaria na parcela de novembro. “Isso seria inaceitável. Oficiamos o presidente do Supremo para que ele atue preventivamente, cumprindo o seu papel de defender a autonomia e independência desse poder, coisa que não fez no veto passado”, defende Adilson, que ressalta que o texto que consta no projeto aprovado, que já é limitado diante do tamanho das perdas salariais que exigiriam um reajuste de mais de 60% para serem repostas, é o que o STF diz ter negociado com o Planejamento. “Qualquer veto será respondido de pronto pela categoria, com mobilização e eventualmente até greve. Eles sabem o que já fizemos no veto passado e vamos voltar a nos mobilizar se for preciso”, afirma o dirigente da federação.

 

Defesa da sanção sem vetos

 

Para evitar possíveis vetos, parte dos coordenadores da Fenajufe vem atuando preventivamente tanto nos tribunais superiores, quanto no Congresso Nacional e no Executivo. Ao senador Romero Jucá (PMDB-RR), que oficialmente está afastado do Planejamento, foi solicitado que pressione o governo pela sanção na íntegra dos projetos salariais – o PLC 29, do Judiciário, e o PLC 26, do MPU. Também foram contatados o senador Aloísio Nunes Ferreira (PSDB-SP), líder do governo no Senado, e a senadora Rosa de Freitas (PMDB-ES), líder do governo no Congresso Nacional entre outros. Na Câmara dos Deputados, lideranças partidárias também foram acionadas. O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), relator do projeto na Câmara, se comprometeu em procurar representantes do governo para tratar do assunto.

 

A tendência é que Temer só assine os projetos na data limite para isso, 20 de julho. Até lá, a ideia é manter o trabalho de pressão sobre parlamentares, tribunais e governo para que não haja retrocessos.

 

Papel dos sindicatos

 

Nem todos na direção da federação nacional, porém, pensam e estão atuando assim. Os setores ligados à CUT foram contrários a que tais informações fossem divulgadas para a categoria na íntegra. Além disso, a direção do sindicato do Rio (Sisejufe) divulgou texto no qual responsabiliza as decisões da luta da categoria pela reposição salarial por um eventual veto. O Sisejufe-RJ é um dos poucos sindicatos do Judiciário Federal e MPU que permanece na CUT – quase todos os que eram filiados a essa central foram desfilados em assembleias ou plebiscitos pela categoria. “É uma postura inaceitável [desses dirigentes sindicais], com a qual não podemos concordar”, observa Cristiano Moreira, da coordenação da Fenajufe e da direção do sindicato do Rio Grande do Sul (Sintrajufe-RS).

 

Opinião compartilhada pelos servidores que participam do coletivo LutaFenajufe e integram a direção da federação. “Não aceitamos que entidades e dirigentes sindicais venham a cumprir papel de porta-voz do patrão, tentando aliviar a responsabilidade de quem vem infernizando a vida da categoria com erros temerários e posturas rebaixadas”, diz Adilson. “A categoria vem lutando à exaustão, enfrentou os três poderes, os dois governos e não aceitamos essa postura de dirigentes que abandonaram a categoria no auge da luta pela derrubada do veto no ano passado”, finaliza, ao conclamar todas as direções sindicais e o conjunto da categoria a empenhar esforços na cobrança do Supremo, do Congresso e do governo para que não haja quaisquer rebaixamentos nos projetos.

 

LutaFenajufe Notícias

 



 

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