Além do governo, os trabalhadores e trabalhadoras do Judiciário de todo o país enfrentam outro inimigo: os grandes meios de comunicação no Brasil.
A bola da vez agora foi o jornal Estado de S. Paulo que em matéria caluniosa afirma que o “gasto médio da União com cada funcionário do Poder Judiciário mais do que dobrou desde 1995”.
O jornal paulista desconsidera a defasagem pela qual passam os servidores com os 10 anos sem reajuste salarial e que repor as perdas provocadas pela inflação é um direito de todo o trabalhador.
O percentual de perdas da categoria do Judiciário é muito maior que a reposição acordada entre o governo e o STF, de 41%, diluídos nos próximos quatro anos.
O veículo coloca o servidor como culpado de estar recebendo reajuste e numa situação de vilão.
O verdadeiro vilão é o desvio de dinheiro para pagamento da dívida pública, os grandes beneficiários de toda esta campanha tendenciosa contra a categoria do Judiciário é o setor empresariado. Por que não se questiona os gastos exorbitantes com as Olimpíadas, por exemplo, que já atinge R$ 36 bilhões, ou ainda, o pagamento da dívida pública que consome metade do orçamento.
A desvalorização do trabalhador do Judiciário visa promover o sucateamento do serviço público, para que ele deixe de ser público e se torne privado. Os servidores não são os algozes, embora a mídia tente provar todo o tempo o contrário.
O SINDJUFE-BA exige de direito de resposta frente aos dados manipulados pelo jornal com sua versão distorcida da luta dos trabalhadores do Judiciário, em todo o país e que o pleito da categoria é totalmente legítimo.