O nível superior como requisito para ingresso no cargo de técnico do Judiciário foi o principal tema de debate no 1° dia do Seminário sobre as bandeiras de luta dos técnicos do Judiciário Federal, na JF, promovido pelo Núcleo de Técnicos do Judiciário da Bahia (NUCTEC-BA) com apoio do SINDJUFE-BA, nesta última quinta (14).
A servidora Karine de Pina, do TRE, expôs um panorama histórico da luta dos técnicos do Judiciário, assim como a necessidade dos servidores técnicos do Judiciário de se organizarem e encamparem suas pautas nas instâncias deliberativas.
O principal argumento do requisito de nível superior para técnico é o de que os técnicos exercem atividades muitas das vezes atividades idênticas com a do analista, no entanto, a remuneração para os técnicos é inferior. Os servidores buscam por mais valorização nas esferas de trabalho. “Estamos brigando por justiça, o reconhecimento na prática, espero que avancemos, não podemos mais dormir no ponto”, reiterou Karine de Pina.
Veto 26
O protagonismo dos técnicos do Judiciário, na luta pela derrubada do veto, também foi lembrado. Os técnicos participaram ativamente e eram a maioria nos atos, em Brasília. “Não tivemos vitória econômica, mas tivemos vitória politica, conseguimos fazer o governo recuar e criar uma identidade entre nós, os técnicos do Judiciário estavam ali, na linha de frente, como protagonistas desta luta. Ali se formaram novas lideranças”, disse a coordenadora geral do SINDJUFE-BA, Denise Carneiro.
Jornada de trabalho de 6 horas
Visando trazer benefícios à saúde do servidor, a bandeira da redução da jornada de trabalho para 6 horas também foi tema de debate, o servidor da JF, Antonio Walker abriu a discussão.
A lei 8.112 prevê mínimo de 6 horas para jornada de trabalho e máximo de 8h, ficando a critério de cada órgão público a fixação do tempo. Há exemplos de tribunais e conselhos superiores que fixaram 6 horas por meio de atos administrativos. “É uma luta válida e um momento ideal para pedirmos a redução da jornada. É preciso que a federação encampe essa bandeira de jornada de 6 horas, independente do Plano de Carreira”, afirmou Walker.
Plano de saúde
“Não devemos lutar apenas por reajuste, mas também qualidade no trabalho”, apontou a servidora Conceição Moraes. Para a servidora, é fundamental que a Fenajufe encampe a bandeira nacional pelo sistema de autogestão robusto e sustentável que atenda todo o Judiciário com segurança.
O seminário continua na próxima semana. Confira aqui a programação:
•18/04 às 14h, JM
•19/04, às 10h, TRT – Nazaré
•20/04, às 10h, TRT - Comércio