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Notícia postada dia 21/03/2016

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21 de Março é Dia Internacional Contra a Discriminação Racial

21 de Março é Dia Internacional Contra a Discriminação Racial

Em 21 de março de 1960, estudantes da cidade de Shaperville, África do Sul, protestavam contra o regime do Apartheid. Durante a manifestação o exército atirou sobre a multidão, matando 69 pessoas, e ferindo outras 186. O episódio ficou conhecido como o “Massacre de Shaperville”. O movimento negro exigiu da ONU (Organização das Nações Unidas) que a data fosse instituída como o “Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial” para a reflexão sobre a luta do povo negro contra o racismo. Passados mais de 50 anos, a violência racial, particularmente a “institucional”, continua sendo uma das faces mais visíveis e asquerosas do racismo mundo afora.

Trabalhadoras negras: nossa luta é todo dia!   As mulheres negras ocupam o subemprego, com baixa remuneração, insalubridade, não proteção trabalhista e vivem em sua maioria nas periferias. O machismo aliado ao racismo tem dose dupla de crueldade às mulheres negras que sentem e sofrem duas vezes a opressão e a exploração. Recentemente foi comemorado o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, que surgiu como um marco de luta e resistência da mulher trabalhadora – Em relação às mulheres Negras, é importante destacar que anteriormente ao feminismo as mulheres negras brasileiras já se organizavam e foram o principal alicerce de resistência africana no Brasil no período colonial, o papel das lutas se concentrou  em buscar as bases materiais e as relações de trabalho entre senhores e escravos. Muitas das grandes revoltas e fugas dos escravos (as) tiveram grandes guerreiras liderando como: Acotirene, Aqualtune, Dandara, Luiza Mahin, como as ganhadeiras de tabuleiro entre tantas outras anonimas! – Resgatar as lutas que marcaram a história das Mulheres Negras deve servir para colocarmos em evidência suas  principais reivindicações por direitos iguais. Para a mulher negra trabalhadora, pouco se avançou pouco na luta contra o racismo. Essas mulheres são a  resistência por uma sociedade que rompa com o machismo e o racismo.   As mulheres negras não podem pagar pela crise   A crise econômica atinge em cheio a classe trabalhadora. Mas o desemprego, os cortes de salários e a inflação pioram principalmente as condições de vida das mulheres negras. Segundo o IBGE, só entre janeiro e setembro de 2015, o desemprego entre as mulheres subiu 45%. Os argumentos que as empresas vêm utilizando para demitir variam desde os custos com a maternidade até o fato de, por terem salários menores, as rescisões de contrato saem mais baratas.  

É importante ressaltar que as mulheres negras representam a maior cota de contratos precarizados, serviços terceirizados e trabalhos informais temporários. São elas que trabalham sem carteira assinada e tem salário mensal 57% menor que o das trabalhadoras brancas. É a maioria das mulheres negras, cerca de 60%, quem assumem as chefias de família. Elas ganham até um salário mínimo e tem um nível de escolaridade muito baixa. A renda média é 2,7 vezes menos em relação a dos homens brancos, 1,8 vezes menor que a das mulheres brancas; e 1,3 vezes menor que a de homens negros. Com esta constatação, um questionamento emerge: essa situação de desigualdade para um setor significativo da sociedade – as mulheres negras -, que correspondem a 49 milhões de pessoas ou 25% da população brasileira, é normal?   Apesar de termos uma mulher na presidência do país, seu governo não tem refletido as reais necessidades e demandas das mulheres negras trabalhadoras. – Pelo contrário, as medidas aprovadas no último período reduzem e flexibilizam direitos trabalhistas historicamente conquistados com muita luta, deixando as mulheres trabalhadoras mais vulneráveis. Muitos são os ataques sofridos pelas mulheres, enfrentam os trabalhos precarizados, atrasos de salários, demissões em massa; a ameaça de uma nova reforma da previdência, que dificulta ainda mais a nossa aposentadoria; a falta de saúde, creches e escolas públicas.   O retrocesso e a reorganização do movimento social negro no Brasil   Depois da marcha de 1988, onde reuniu mais de 20 mil Negras (os) – A Marcha dos 100 anos da Abolição, no Rio de Janeiro, os negros mostraram seu peso social – A partir de então esta vanguarda militante sindical e social foi incluída na construção de uma disputa estratégica por dentro do movimento operário brasileiro na CUT, que junto com o PT passaram a atuar nos sindicatos e entidades de classes. – Ao chegar ao poder o PT/CUT cria a SEPPIR – Levando o Movimento Negro a derrota – com distanciamento da base, da articulação de classe e da luta direta contra o Racismo! – O que levou os negros da esquerda socialista junto com o movimento sindical combativo e de luta em 2004 começar a discutir a necessidade de alternativas para darem conta das demandas dos trabalhadores e do povo negro. Em 2007 no Encontro de Negros da Conlutas em São Gonçalo Rio de Janeiro com mais de 600 delegados representando 20 estados do Brasil, se votou a necessidade de um Novo Movimento Negro, tendo em vista que o velho movimento negro totalmente cooptado pelo governo não nos representava mais.

Em 2008, apontamos a construção do Quilombo Raça e Classe como alternativa – Com uma concepção de “Raça, Gênero e Classe” socialista, autônomo e independente dos governos e patrões!   A traição da votação do Estatuto da “Igualdade Racial” em 2010 levou um setor importante dos quilombolas e da religiosidade a romper com as falsas expectativas que ainda alimentavam em relação ao governo – Fortalecendo o Processo em curso de Reorganização no Movimento Social Negro, mesmo com contradições, retrocessos e avanços – Ainda há uma incidência dos setores governistas, hoje mascarados de movimento social – Mas há um fortalecimento de base e espontâneo no movimento social negro seja (Movimento negro, de mulheres, quilombolas, de religiosidades ou culturais).   Após o Ascenso das jornadas de 2013, vimos surgir uma nova reorganização dos movimentos sociais negros nas universidades – Com uma concepção pós-moderna e de rechaço a discussão de classe e até do próprio movimento – A qual é preciso por em prática a paciência revolucionária – É preciso transcender os muros da universidade, da favela, do quilombo – Para que não sejam lutas individuais, corporativas, localizadas – porque a luta é de raça e classe e internacional – e só organizados construiremos a alternativa de derrota do capitalismo – rumo a uma nova sociedade mais justa e igualitária para todos.  

Nem a casa grande de Aécio/PSDB e Nem o capitão do Mato de Dilma/PT   Basta de Dilma, Temer, Aécio, Cunha, Bolsonaro e Feliciano!   ?             Reparação, já e não o pagamento da Divida externa por um fundo de reparação, já! ?             Salário igual para trabalho igual, entre brancos e negros, homens e mulheres! ?             Pelo direito ao trabalho, Terra e moradia, dignos! ?             Pelo fim das terceirizações e sucateamento do SUS e dos hospitais e escolas públicas! ?             Pela estatização das empresas terceirizadas falidas e efetivação dos trabalhadores! ?             Empregos Públicos, Concursos Públicos com cotas raciais! ?             Pelo fim da discriminação das Mulheres Negras no mundo do trabalho! ?             Basta de assédio moral e sexual no mundo do trabalho! ?             Basta do genocídio da juventude negra e das mulheres negras da periferia!   Por uma alternativa da classe trabalhadora – construir a greve geral!  

 

Contatos: quilomboracaeclasse.nacional@gmail.com   Por Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe



 

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