A CSP-Conlutas e o Espaço de Unidade de Ação – fórum amplo composto por entidades do movimento sindical, social e estudantil – estão convocando para o dia 1° de abril atos nos estados em contraposição às manifestações convocados pela oposição burguesa e pelos governistas.
Os atos dos dias 13, 18 e 31 de março não representam os interesses da classe trabalhadora, da juventude e do povo pobre do nosso país.
A saída proposta pela oposição de direita, que defende o impeachment, significa tirar Dilma e entregar o poder a Michel Temer ou ao presidente da Câmara, nesse momento o corrupto Eduardo Cunha. Já os governistas defendem a permanência do governo responsável pelos brutais ataques que nosso povo vem sofrendo e que, em meio ao agravamento da crise, sinaliza ainda mais para os grandes empresários o seu compromisso com o grande capital e contra a classe trabalhadora.
Exemplo disso foi a aprovação da lei antiterrorismo, sancionada pelo governo Dilma, e que vai criminalizar nossas lutas. Mesmo acuada pela oposição de direita, Dilma continua mostrando bons serviços para esse bando de reacionários e para o grande capital.
Fica difícil falar em golpe da direita com tantos golpes contra os trabalhadores e os pobres desse país.
Serão coordenados atos unificados nesta data, principalmente nas capitais, levantando as bandeiras políticas construídas por pela CSP-Conlutas e também no Espaço de Unidade de Ação.
Dilma, governadores e patrões querem arrancar o couro do trabalhador
O descontrole do governo é cada vez maior. A economia está despencando, o desemprego e a inflação aumentam a cada dia. Somente em 2015 ocorreram 1,6 milhão de demissões. Dilma e os governadores, como Pezão, Pimentel, Beto Richa, Perillo e Alckmin aumentam os ataques contra o povo, jogando a crise nas nossas costas. Por isso as lutas seguem em nosso pais, com muitas greves por todo lado.
E a corrupção rouba o resto do dinheiro. Empreiteiros, banqueiros e políticos estão denunciados na Lava Jato, pegando principalmente o PT.
Agora é Lula no centro dos desvios. Mas todos sabemos que, alem da cúpula petista, o PSDB está envolvido na corrupção do metrô de São Paulo, de Furnas e no desvio de verbas da merenda escolar também em São Paulo. O PMDB mantém um corrupto com contas na Suíça na presidência da Câmara. É como diz o ditado “se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão”!
Nossa luta é contra Dilma/PT, Cunha, Temer e Renan/PMDB e Aécio e Alckmin/PSDB! Por uma alternativa dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre!
O sentimento mais do que justo de toda a população é de que são todos iguais.
Afinal, esses ataques estão sendo aplicados pelos patrões e por quem está no poder. PT e PSDB vivem “brigando” um com o outro, mas na verdade essa briga é apenas para ver quem fica no poder e segue explorando os trabalhadores. Todos eles estão a serviço dos banqueiros, dos grandes empresários, do agronegócio e sustentam esse sistema, onde poucos controlam a riqueza e a ampla maioria sofre com a miséria, a fome e a falta de condições mínimas de sobrevivência.
Por isso, nós somos contra esses dois blocos, o do PT que está no governo e o da oposição do PSDB. Nós queremos uma mudança pra valer. Nem Dilma, nem Cunha, Temer ou Aécio estão a favor dos trabalhadores e do povo.
Diante de tal situação, estamos organizando a nossa luta e construindo uma alternativa.
Não podemos ser massa de manobra desses partidos. O Brasil precisa sim de outro tipo de governo, que seja a favor dos pobres, sem banqueiros e corruptos. Na luta vamos construir uma alternativa de verdade.
Unificar as lutas e construir a greve geral
Para derrotar essa política precisamos unir os trabalhadores, a juventude e todo o povo pobre, e construir uma greve geral no país. A CUT e a Força Sindical devem se somar a essa mobilização e vir conosco construir a luta. A CUT tem que romper o apoio à Dilma e a Força tem que parar de apoiar o PSDB de Aécio e de Alckmin.
E chega de fazer atos para blindar o governo e Lula, como fazem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. A classe trabalhadora e os setores médios da sociedade já romperam com esse governo. Precisamos de uma alternativa dos trabalhadores, senão a direita vai capitalizar todo o desgaste e a possível queda de Dilma.
A greve e a manifestação de rua dos metalúrgicos da GM e Hitashi em São José dos Campos nesta sexta, 18 de março, demonstrou que é possível construir um campo de classe nessa disputa.
Vamos às ruas, com ousadia e coragem para enfrentar os dois blocos anti-trabalhador.
Fonte: Conlutas