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Notícia postada dia 12/11/2015

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Abandonado pelo PSDB, Cunha ganha apoio de partidos da base governista

Abandonado pelo PSDB, Cunha ganha apoio de partidos da base governista

Líderes de siglas como PR, PMDB, PSC, PP, PSD, PTB, Solidariedade, PEN, PMN, PRP, PHS, PTN e PT do B, dizem apoiar e ter total confiança na condução dos trabalhos

 

O PSDB formalizou na quarta-feira (11/11) seu rompimento com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os dois representantes da sigla no Conselho de Ética dizem que votarão a favor da cassação do mandato do deputado acusado de ser beneficiário do esquema de corrupção na Petrobras. Apesar do revés, Cunha recebeu o apoio de 13 partidos - 12 da base aliada e o Solidariedade -, que defenderem sua permanência no comando da Câmara.

 

Pela primeira vez, o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), subiu à tribuna para cobrar o afastamento de Cunha do cargo de presidente. Até então, entre idas e vindas, o partido havia apenas assinado uma nota sobre o assunto. Em reação ao pedido de afastamento defendido pelos tucanos, o líder do PSC na Câmara, André Moura (SE), leu em plenário uma nota de apoio Cunha. O documento foi assinado por 13 partidos que representam mais de 230 parlamentares.

 

No documento, líderes de siglas como PR, PMDB, PSC, PP, PSD, PTB, Solidariedade, PEN, PMN, PRP, PHS, PTN e PT do B, dizem apoiar e ter total confiança na condução dos trabalhos de Cunha na presidência da Casa. "As denúncias apresentadas seguirão o curso do devido processo legal, onde haverá condição de defesa e julgamento por instâncias próprias e o princípio da presunção da inocência."

 

Moura afirmou que ninguém pode ser condenado de forma antecipada e que o caso de Cunha não pode ser politizado. "Eventuais disputas políticas não podem prevalecer para paralisar o funcionamento da Casa no momento em que o País exige e espera que a Câmara dos Deputados delibere as matérias que o Brasil precisa para retomar o crescimento", afirmou.

 

Segundo Moura, o grupo procurou o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), para que os petistas apoiassem o documento. Ele afirmou que a nota chegou a ser encaminhada a Guimarães, mas os petistas não haviam se posicionado até o final da noite de ontem. "Se o PT resolver assinar mais para frente, será ótimo", disse.

 

O líder do PSDB afirmou ontem que vai esperar a apresentação da defesa de Cunha no Conselho de Ética para definir uma posição sobre a possibilidade de pedir a cassação do mandato dele. Ele garantiu a permanência dos tucanos Betinho Gomes (PE) e Nelson Marchezan Júnior (RS). Nos bastidores, os dois já adiantaram que votarão a favor da cassação de Cunha. Por ora, contudo, não irão se manifestar publicamente. O DEM e o PPS devem seguir o posicionamento dos tucanos.

 

Impeachment

Apesar das críticas mais enfáticas a Cunha, o PSDB ainda espera que ele delibere a favor da abertura de um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na tribuna, Sampaio usou toda a segunda parte de sua fala para defender um processo de afastamento da presidente.

 

O presidente da Câmara comprometeu-se a tomar uma decisão sobre impeachment até o fim deste mês. A aliados, Cunha demonstrou irritação com o PSDB. Integrantes do partido já temem sofrer retaliação, com a perda de relatorias de projetos relevantes. Como presidente, Cunha tem o poder de indicar nomes e, ao longo do ano, prestigiou o PSDB.

 

Outro receio dos tucanos é de que Cunha desista de prorrogar a CPI do BNDES, comissão que tem causado dor de cabeça ao governo. Hoje, deve ser aprovada a convocação do ex-secretário do Tesouro Arno Augustin, que teve papel relevante no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. O PT aceitou chamá-lo em vez de convocar o pecuarista José Carlos Bumlai, que é ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

Cunha afirmou que a posição do PSDB "não altera em nenhuma vírgula" sua posição sobre os pedidos de impeachment. "Não tenho prazo determinado e jamais o farei sob pressão. Minha decisão será dada de forma técnica", disse.

 

Fonte: Agência Estado



 

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