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Notícia postada dia 23/09/2015

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Governo buscou apoio até do PSDB para manter vetos, dizem líderes

Governo buscou apoio até do PSDB para manter vetos, dizem líderes

Na tentativa de manter os vetos presidenciais a “pautas-bomba” na sessão do Congresso Nacional desta terça-feira (22), o governo federal buscou apoio inclusive de parlamentares da oposição. De acordo com líderes ouvidos pelo G1, além dos votos da base aliada, o Palácio do Planalto conta com votos dos partidos de oposição para garantir a manutenção dos vetos.

 

O líder do PSDB no Senado, Cassio Cunha Lima (PB), relatou ter recebido ligações do ministro de Minas e Energia e ex-senador, Eduardo Braga, e do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), pedindo que o partido colabore com a manutenção dos vetos. De acordo com o líder tucano, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) recebeu ligação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

 

"A tendência é a bancada do PSDB no Senado votar pela manutenção dos vetos para dar sinal de estabilidade econômica", afirmou ao G1.

 

Segundo Cássio Cunha Lima, os ministros pediram o apoio da oposição argumentando que a economia estava instável e que era preciso dar um sinal positivo ao mercado diante da escalada do dólar – que ultrapassou a barreira dos R$ 4, maior cotação desde o início do Plano Real.

 

Cássio afirmou, entretanto, que no caso do veto ao reajuste para os servidores do judiciário, a bancada tucana deve votar pela derrubada. "Talvez tenhamos quatro votos pela manutenção do veto", disse.

 

O líder do governo, Delcídio do Amaral, confirmou que o Executivo tem buscado o apoio de parlamentares de todas as bancadas. "Os ministros estão conversando, e nós, os parlamentares, também estamos conversando com todas as bancadas, sem exceção. [...] Não só com a base, mas também com a oposição. A gente está fazendo um trabalho aí, absolutamente, democrático", afirmou.

 

Contagem de votos

Para assegurar a manutenção dos vetos presidenciais, líderes da base aliada foram convocados pelo Planalto a contabilizar as intenções de voto nas bancadas e repassar as informações ao líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE).

 

“A atividade política é de risco. É melhor vencermos essa agonia que existe há semanas e semanas. Prefiro que o Congresso seja chamado hoje a fazer essa reflexão. É fundamental mantermos o veto”, ponderou Guimarães.

 

"Desde ontem que nós não fazemos outra coisa que não seja contar votos. A política é dinâmica, mas, hoje, 16h15, eu defendo que o melhor caminho é o votar", ressaltou o deputado Sílvio Costa (PSC-CE), um dos vice-líderes do governo na Câmara.

 

Mais tarde, Delcídio do Amaral afirmou que o governo já fez o levantamento para saber quantos votos favoráveis à manutenção dos vetos o governo terá na sessão do Congresso, mas não revelou os números. "Vamos ver na hora", disse. Segundo ele, o cenário no Senado é "confortável". Para rejeitar um veto presidencial, são necessários 41 votos de senadores e 257 votos de deputados.

 

"Nós estamos trabalhando. É aquela história do Chacrinha: 'o show só acaba quando termina'. A gente espera que nós tenhamos os votos necessários para a manutenção dos vetos. Nós estamos trabalhando desde a semana passada nisso", afirmou o líder do governo.

 

Delcídio disse, ainda, que os senadores "têm noção" do momento pelo qual passa o país. "No Senado, a gente percebe nitidamente que os senadores e as senadoras têm noção do momento, tem noção da responsabilidade que tem votação tão importante como essa", disse.

 

As bancadas de diversos partidos da base aliada, entre os quais PMDB e PSD, se reuniram para buscar uma posição unificada a respeito dos vetos. A decisão final sobre o adiamento ou não da sessão do Congresso será tomada por volta das 19h, depois que os partidos relatarem a quantidade de votos que calculam obter pela manutenção dos vetos.

 

 

Fonte: G1

 



 

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