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Notícia postada dia 22/09/2015

Notícia postada dia 22/09/2015

Após almoço com vice, Cunha diz apoiar veto, mas teme votá-lo

Após almoço com vice, Cunha diz apoiar veto, mas teme votá-lo

 

‘Vuvuzelas’ e milhares de servidores vão lembrar parlamentares que compromisso público é pela derrubada do veto e não com Dilma

 

Os milhares de servidores do Judiciário Federal e do MPU que devem participar da manifestação em Brasília, nesta terça-feira (22), vão pressionar deputados e senadores a cumprir o que, em grande parte, prometeram: derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff (PT) ao reajuste salarial da categoria, o PLC 28.

 

O barulhento som das vuvuzelas tentará lembrá-los que o compromisso que assumiram publicamente com os trabalhadores não pode ser trocado por transações de bastidores com o governo. Elas estão rolando e isso ficou evidente nas declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-AL), dadas logo após uma reunião com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB)."Eu acho que, concretamente, não deve se derrubar esse veto. Seria uma atitude de colocar mais gasolina na fogueira. É acender fósforo no tanque gasolina. Não sou partidário disso", disse, ao chegar à Câmara, após almoço no Palácio do Jaburu, residência do vice, segundo o jornal “O Estado de São Paulo”.

 

Não faz muito tempo, o deputado chegou a defender que se apreciasse o veto. Embora tenha deixado claro de que lado está – ele que está publicamente há dois meses rompido com a presidente Dilma –, Cunha também admitiu não ter segurança sobre o resultado de uma eventual votação na sessão convocada para a noite desta terça. "A gente não pode saber o que vai acontecer. O ideal é que a gente não votasse isso amanhã", disse, ao defender o adiamento da sessão.

 

Com esse intuito, o Planalto teria apelado a Renan Calheiros e a Eduardo Cunha para que posterguem ao máximo as sessões das respectivas casas que presidem para inviabilizar a sessão do Congresso Nacional. “O fato é que o governo não quer pagar para ver, ele teme o resultado”, observa o servidor Tarcísio Ferreira, do Fórum Trabalhista da Barra Funda, em São Paulo, e dirigente da federação nacional da categoria, a Fenajufe. Ao avaliar que a disputa pelos votos dos parlamentares está indefinida, ressalta que os servidores não podem “se fiar nas declarações” de deputados e senadores, mas precisam seguir trabalhando em cima das contradições que existem entre eles.

 

De todo modo, na batalha que deverá ser travada mais uma vez no Congresso Nacional nessa tarde são os servidores quem declaradamente querem pagar para ver. Não é possível dizer quantos vão estar no entorno e dentro do parlamento na manifestação prevista para começar as 16 horas. Mas a expectativa é que outra vez milhares de trabalhadores compareçam. O número de caravaneiros de outros estados já confirmados, cerca de 1.700, demonstra que o movimento segue com fôlego para fazer grandes atos em Brasília. Mesmo locais nos quais a greve foi suspensa, caso de São Paulo, está mandando uma boa representação da categoria – quase 180 servidores devem integrar a delegação do Sintrajud-SP. O encontro dos estados com o Distrito Federal promete mais um expressivo protesto na capital federal.

 

No dia seguinte, que também será de manifestações do funcionalismo em Brasília contra o novo pacote do ‘ajuste fiscal’, o Comando Nacional de Greve se reúne na Fenajufe. Seja qual for o resultado da sessão do Congresso na véspera, os servidores vão avaliar e indicar os próximos passos da luta e da greve pela reposição das perdas salariais. Campanha que já tem lugar na história não só como provavelmente a maior já realizada, mas também como uma das que mais uniu a categoria nacionalmente.

 

LutaFenajufe Notícias

Por Hélcio Duarte Filho



 

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