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Notícia postada dia 08/09/2015

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Ato reúne milhares e aumenta pressão; governo manobra e evita derrota

Ato reúne milhares e aumenta pressão; governo manobra e evita derrota

Servidores e assessores parlamentares avaliam que veto seria derrubado não fosse manobra do governo; caravana e ato no DF no dia 9, data de nova sessão

 

 O dia foi longo. Mais ainda para quem, antes do ato em si, percorreu de ônibus centenas de quilômetros até a capital federal. A pressão repercutiu forte no Congresso Nacional, que viveu um dia focado na disputa em torno da votação ou não do veto da presidente Dilma Rousseff ao PLC 28. Foram muitos os servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União que se manifestaram nesta quarta-feira (2). Fizeram o quarto grande ato nacional da campanha em Brasília, outro candidato a entrar para a história dos maiores já realizados pela categoria.

 

“Independentemente do resultado financeiro, o sentimento de unidade nacional já é nossa maior vitória”, disse Cesar Eduardo, ainda na estrada, a caminho do Distrito Federal. Ele integrou a caravana do Sintrajud-SP, que levou mais de três centenas de servidores de São Paulo a Brasília. O governo manobrou, jogou pesado e conseguiu derrubar a sessão conjunta da Câmara e do Senado que poderia decidir sobre o veto ao projeto salarial. A movimentação do Planalto deixou claro, porém, que o governo vislumbrava a derrota, ou corria sério risco disso, se o veto fosse apreciado.

 

“O governo não tinha segurança com sua base, foi uma estratégia [esvaziar a sessão]”, disse à reportagem André Luiz Santos, assessor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). “Derrubaram a sessão porque o governo sabia que perderia, mas mantivemos o ato e a pressão sobre os parlamentares para se evitar uma nova situação dessa”, disse o servidor Rodrigo Coutinho, do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, que participou da caravana a Brasília. 

 

O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), não presidia a mesa quando a sessão foi cancelada. Mas a decisão passou por ele, não há dúvidas. Renan agiu como um dedicado aliado do governo, embora seja razoável supor que não passou incólume nem pelos protestos e tampouco pela pressão que outros parlamentares exerceram sobre ele. Na avaliação de um cientista político que atua no legislativo, esse favor do peemedebista deve ter custado caro ao governo. 

 

Nova caravana 

O cancelamento da sessão não significou o fim do impasse em torno do veto. Ao longo da tarde e início da noite, a pressão de servidores prosseguiu dentro e fora do Congresso. Há quem estime que 15 mil servidores participaram do protesto. O dado é incerto. É certo, porém, afirmar que a mobilização foi muito além disso, pelo país afora, nas atividades e vigílias nos estados ou nas redes sociais.

 

O ‘cerco’ presencial e virtual aos parlamentares deve ter pesado na decisão do presidente do Congresso de convocar outra sessão para a quarta-feira que vem, dia 9 de setembro, às 11 horas. Nova manifestação, com caravanas, será convocada para a quarta-feira (9), em Brasília. Foi o que definiu o Comando Nacional de Greve, reunido após a manifestação, na sede da Fenajufe.

 

A orientação é manter e fortalecer a greve nesse momento considerado decisivo. “O governo hoje passou um suadouro, porque ele achou que corria [o risco] de perder”, disse o servidor Pedro Aparecido, de Mato Grosso e da direção da federação, durante o Comando de Greve. Não faz sentido desistir agora, avaliou, no momento em que a greve mais incomoda.

 

“A nossa greve faz uma diferença tremenda”, afirmou, assinalando que o governo está “tremendo” e não é hora de retroceder, por maior que seja o natural cansaço de uma greve longa e com tanta mobilização. 

 

Fonte: LutaFenajufe Notícias



 

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