Após o encerramento da sessão que pautaria o veto 26, referente ao PLC 28, de forma abrupta e ilegal, os servidores da Bahia decidiram permanecer em greve em Assembleia Geral, que aconteceu nesta sexta, 4, no TRT do Comércio.
Agora a categoria soma forças para que as ações sejam fortalecidas na argumentação e convencimento dos parlamentares, principalmente no Senado, já que por falta de apenas três senadores a sessão não aconteceu.
“Não podemos vacilar. Essa semana os meios de comunicação começaram a divulgar a falácia de que haveria um rombo de 60 milhões com a aprovação nosso PL, mas o favorecimento dos bancos é o verdadeiros rombo. Estamos enfrentando o mito de que o Brasil está sem recurso, mas o governo está enfrentando um inimigo real: a nossa luta”, protestou um dos coordenadores do SINDJUFE, Hilton Coelho, também vereador do PSOL.
Continuar encaminhando servidores a Brasília, apagões e fortalecimento da greve, assim é a meta dos servidores para derrubar o veto, que encaminharam como uma das propostas formação de pequenas comissões para ficar responsáveis por contato com parlamentares. “Nesse momento nenhum estado saiu da greve ainda, pois o cenário está nebuloso. A qualquer momento podem chamar sessão extraordinária. É importante a reflexão de mantermos a greve nesse momento”, afirmou também umas das coordenadoras do SINDJUFE, Denise Carneiro.
O decorrer da assembleia foi um tanto polêmica, devido a uma proposta de que a assembleia delegue a Setorial do TRT a decisão de sair sozinho da greve, fato que foi bastante contestado por alguns servidores presentes, pois o Estatuto permite apenas indicativo e não deliberação sobre greve geral da categoria no estado. Segundo o art. 52 do estatuto, compete à Setorial decidir sobre questões específicas dos servidores no âmbito setorial e sobre indicativos de greve
“A nossa luta é diferenciada, hoje não somos iguais ao primeiro dia em Brasília. Este é um momento didático. Greve é mobilização. Não podemos cair agora”, defendeu a servidora Grace.
Por fim, venceu que a proposta de que Setorial não pode deliberar sobre a greve geral. “Chegamos em um momento crucial. A luta tem que ser unificada e a nossa mobilização pode derrubar o veto. É preciso que a gente faça o movimento de forma organizada e encaminhar as deliberações para a Federação”, protestou um dos coordenadores do SINDJUFE, Jair do TRE.
Deliberações e encaminhamentos
a) Continuidade da greve
b) Apagão dias 8 e 9 (O comando aprovou que no TRT o apagão será apenas no dia 9);
c) Assembleia Geral sexta 11/9, na Justiça Federal, às 13h;
d) Atividade no aeroporto terça às 5.30h
e) Campanha “Soldado de Gabinete, pequenas comissões para articular com parlamentares.
f) Assembleia Setorial do TRT no dia 9 (antecipada pelo Comando para o dia 8 devido a reunião com a Presidência ter sido confirmada para o dia 8 às 10 horas).
g) Setorial na JF no dia 9 as 13 horas no Prédio Sede;
h) Ida da coordenadora Denise Carneiro e do coordenador Frederico Barbosa para Brasília nos dias 9 e 10, para representar o SINDJUFEBA no Ato Nacional e na reunião do Comando Nacional de Greve.