Em Assembleia Setorial nesta segunda-feira (31) no TRT do Comércio, servidores da Justiça do Trabalho, rechaçaram novo Ato da presidência do TRT, o Ato 435, onde o Dr. Valtércio Oliveira determina que os servidores retornem as suas atividades, desconto de FCs e Auxílios na folha de pagamento, a partir do dia 26 de agosto.
“A presidência do TRT baixou o Ato sem convocar nossa mesa, com objetivo de nos desmobilizar, pois esta é a maior greve já vista do Judiciário Federal”, protestou o servidor Alberto Rajy.
Esta semana é decisiva para a greve do Judiciário, mas a medida da presidência do TRT tenta calar o movimento. “Estamos com uma cultura de greve autorizada. A greve depende da deliberação das Assembleias, não do que a Administração acha”, protestou a servidora Silvana Maciel.
A decisão liminar do conselheiro Fabiano Oliveirado do CNJ, que determina corte de ponto aos servidores que estão em greve na Bahia e Rio de Janeiro também foi repudiada pela categoria. O SINDJUFE-BA está acompanhando o processo em Brasília via o escritório sediado lá.
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Críticas a Lewandowiski também não foram poupadas, segundo os servidores, o presidente do STF se reuniu semana passada na capital, com senadores pedindo que votem contra a derrubada do veto. “Ele (Lewandowiski) disse que não ia interferir nos três poderes, mas está atuando. Ele está assumindo o papel de interlocutor do governo. Papel que nem Michael Temer (PMDB) quer mais”, afirmou Alberto Rajy.
Na ocasião, muitos servidores se mostraram otimistas com a derrubada do veto esta semana, reiterando o apoio de vários parlamentares, que inclusive votaram contra os servidores do MPU. na última semana, mas se declararam favoráveis à derrubada do veto 26. “Precisamos ter pensamento positivo agora que estamos na reta final. A derrubada do veto já é uma realidade. Muitos parlamentares já declararam que votarão pela derrubada. Como Paulo Paim (PT), Cristovam Buarque (PDT), Lindherberg Farias (PR-RJ) e Ana Amélia (PP-RS)”, declarou o servidor Frederico do TRT.
Deliberações e encaminhamentos:
a) Levar para Assembleia Geral do dia 28/9, um indicativo de suspensão da greve, com garantia de apagões semanais e abono dos servidores que foram a Brasília;
b) Para o SINDJUFE elaborar uma nota se manifestando contra a greve autorizada da administração do TRT e que se inicie uma discussão sobre o tema;
c) Não reconhecer o Ato 435, mantendo o procedimento do Ato anterior;
d) Deliberar Comissão na tarde de hoje, 31, para solicitar reunião com a presidência do TRT, a fim de discutir os vícios do Ato 435;
e) Ato no dia 2 em frente ao TRT do Comércio, a ser organizado pelo Comando de Greve;
f) Trabalhar com os parlamentares a realização de novas emendas ao PL 28, mas só para a hipótese de não derrubar o veto.