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Notícia postada dia 17/07/2015

Notícia postada dia 17/07/2015

23 entidades nacionais de servidores públicos federais assinam manifesto em favor do PLC 28/2015

23 entidades nacionais de servidores públicos federais assinam manifesto em favor do PLC 28/2015



Com o avanço do movimento paredista em todo o país, representantes do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (SPFs) se reuniram na manhã da segunda-feira, 13. Pela Fenajufe, a representação ficou a cargo dos coordenadores Eugênia Lacerda e Saulo Arcangeli. Na pauta, os informes, a avaliação da última rodada de negociação com o governo, a organização da marcha do dia 22 de julho e a preparação para a próxima reunião com o ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), com data a ser confirmada.

 


O Fórum também aguarda posição do governo após a decisão dos SPFs de rechaçar a proposta apresentada pelo MPOG, com índice de reajuste de 21,3%. Nova rodada de negociação deverá acontecer até o dia 21 de julho.


Outro ponto discutido foi a cobrança que será feita mais uma vez acerca da pauta de reivindicações apresentada pelos SPFs. Na última rodada, houve sinalização do governo de avançar nas discussões sobre a negociação coletiva – que inclui a data-base – e a revisão dos benefícios.

 


A greve hoje tem adesão da base da Fenajufe, Fasubra (técnicos das universidades federais), Andes (professores das universidades federais) , Fenasps (previdência e seguridade social) e Sinasefe (técnicos e professores dos Institutos federais de Educação). Outras categorias permanecem mobilizadas, como a Asfoc (trabalhadores da Fiocruz), que inicia greve no dia 16, e Condsef (trabalhadores do Executivo), que indicou greve a partir do dia 22, data da próxima marcha dos servidores públicos federais em Brasília.

 


Marcha dos servidores


Na reunião do Fórum, foi confirmada a realização da Marcha dos Servidores no dia 22. A previsão é de participação de mais de quatro mil servidores. Esse número pode ser ainda maior com a participação dos sindicatos filiados à Fenajufe.

 


Manifesto das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais em favor da sanção do PLC 28/2015


Na reunião, as entidades que compõem o Fórum aprovaram, por unanimidade, um manifesto em favor da sanção do PLC 28/2015 (abaixo). Na avaliação do coordenador Saulo Arcangeli, é muito importante que as entidades defendam a luta pela sanção do projeto pela presidente Dilma Rousseff (PT), demonstrando a necessária unidade dos servidores públicos federais neste momento de arrocho salarial e retirada de direitos, além de responder às inverdades repassadas pelo governo e veículos de imprensa em relação ao impacto sobre a folha de pagamento dos servidores.




Manifesto das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais em favor da sanção do PLC 28/2015



À Presidente da República


Dilma Rousseff

 

O Fórum de Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais, composto por 23 entidades representativas, vem a público declarar apoio à sanção do PLC 28/2015, do Supremo Tribunal Federal, que trata de recomposição salarial dos servidores do Poder Judiciário da União, aprovado no último dia 30 de junho pelo Plenário do Senado Federal, e também à aprovação no Senado do PLC 41/2015, que trata do reajuste dos servidores do Ministério Público da União.

 


Apesar da regularidade de todo o processo legislativo, desde a iniciativa até o final aprovação, representantes do governo federal têm apresentado dados incorretos e têm dado declarações públicas a favor de um veto presidencial ao PLC 28, por supostamente contrariar o "ajuste fiscal" em curso no país e provocar um descontrole das contas públicas.

 


Nunca houve recusa ao diálogo por parte dos servidores com vistas a uma solução negociada. Mas não tem havido respeito e diálogo nas relações entre o Poder Judiciário, o MPU e o Poder Executivo nas tratativas envolvendo a reposição salarial dos Servidores. Em vez de diálogo, tem imperado por parte do governo a intransigência e ataques públicos ao justo direito de reposição salarial.


Além do sistemático descumprimento pelo governo da revisão geral anual prevista no artigo 37, X, da Constituição Federal, desde a aprovação do último plano de cargos e salários, por meio da Lei nº 11.416, de 2006, os servidores do Poder Judiciário da União não têm recomposição salarial efetiva, e desde 2009 tramitava no Congresso Nacional proposição com esse conteúdo (Projeto de Lei nº 6.613/2009).


De acordo com dados do Dieese, desde 2006, a inflação já passa dos 50%, sem que tenha havido recomposição salarial efetiva durante todo esse período. O percentual concedido em 2012 ao conjunto do funcionalismo, e estendido também ao Judiciário, de 15,8% divididos em três anos (entre 2013 de 2015), foi absolutamente insuficiente para repor as perdas causadas por essa inflação acumulada sobre as remunerações.


Além disso, o projeto aprovado já prevê um escalonamento do reajuste, com implementação progressiva e integralização somente em dezembro de 2017. Isto é, o impacto na folha será absorvido pelo orçamento da União apenas no ano de 2018. Portanto, além das perdas passadas, a reposição em questão também deveria dar conta da projeção da inflação futura.


E mesmo que a reposição fosse implementada de forma integral e imediata, segundo dados do STF, o impacto total sobre a folha de pagamento seria de aproximadamente 36%, ou seja, um percentual bem inferior à inflação acumulada desde a reestruturação de carreira aprovada em 2006, já deduzidos os 15,8% divididos entre 2013 e 2015.

 


Verifica-se que esses dados têm sido deliberadamente omitidos na verdadeira "guerra de informações" que se instalou a partir dos ataques do governo e dos meios de comunicação contra a reposição salarial dos servidores do Judiciário e do Ministério Público da União. No entanto, o que se constata pela análise criteriosa e responsável dos números é que a reposição dos servidores, além de justa, é absolutamente viável e razoável, mesmo sob o prisma orçamentário.

 


Fica evidente que é no mínimo uma gigantesca injustiça imputar aos servidores, com seus salários congelados e defasados, a responsabilidade por um "ajuste fiscal" que tem se constituído basicamente pela imposição de severas restrições de recursos e de direitos ao conjunto dos trabalhadores assalariados, incluídos aí os servidores públicos. Ainda mais quando esses mesmos servidores buscam negociação por essa mesma reposição há mais de cinco anos!

 


Em meio a esse impasse, no mês de junho, a categoria deflagrou greve nacional por tempo indeterminado, contra a intransigência do governo e por uma negociação efetiva com o Judiciário que viabilize a aprovação do Projeto de reposição salarial no Congresso Nacional, e sua imediata implementação. A greve ocorre em todo o país, e atinge todos os ramos do Poder Judiciário da União, em maior ou menor grau em distintas localidades.

 


Em solidariedade à luta dos servidores do PJU e do MPU, as Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais abaixo assinadas solicitam à Presidente Dilma que sancione o PLC 28, que o governo não imponha obstáculos à aprovação do PLC 41, e que não interfira nos orçamentos dos projetos em respeito à autonomia dos Poderes. Todos os servidores públicos têm direito, no mínimo, à reposição reposição inflacionária.

 

 

 

Respeitosamente,

 


ANDES-SN – ANFFA-Sindical – ASFOC-SN – ASMETRO-SN – ASSIBGE-SN

CNTSS – CONDSEF – CSP/CONLUTAS – C.T.B – CUT - FASUBRA – FENAJUFE

FENAPRF – FENASPS – PROIFES – SINAIT – SINAL - SINASEFE – SINDIFISCO-Nacional – SINDIRECEITA – SINPECPF – SINTBACEN – UNACON-Sindical


fonte: Fenajufe.



 

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