Estudo da FGV mostra que perda com IPCA pode atingir 0,5% do PIB
Deixar de comprar, contratar, viajar não tem adiantado muito para garantir que o dinheiro chegue ao fim do mês ou sobre para poupar. Isso porque, com a inflação em alta, o poder de compra das pessoas está minguando. De acordo com estudo do professor Rubens Penha Cysne, da Escola Brasileira de Economia e Finanças, da Fundação Getulio Vargas (FGV), as perdas monetárias causadas pela inflação em 2014 somaram R$ 22 bilhões, ou seja 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
Cysne acredita que, neste ano, a perda chegue a 0,5% do PIB, R$ 27,5 bilhões. Analisando a partir de 1996, se a previsão se concretizar, será a maior perda de poder de compra desde 2002. “A inflação que você tinha pelo IPCA de 2014 era de 6,41%. Mas a taxa que observamos no Focus já supera 8%. Historicamente, esse montante é pequeno, se olharmos o período anterior a 1994, mas é relevante para entendermos o ajuste fiscal. Se não fizermos o ajuste, fica ainda mais difícil controlar essa inflaçã, e, portanto, as perdas daqueles que detêm moeda tendem a ser maiores”, completa.
Fonte: Correio Braziliense