Paralisações e mobilizações nacionais no dia 29, ao longo da semana no Judiciário e MPU e greve nas universidades pressionam contra medidas
A presidente Dilma Rousseff (PT) pressiona os senadores a votar nas duas próximas sessões do plenário as medidas provisórias que cortam direitos trabalhistas e previdenciários. O Palácio do Planalto tem pressa: as MP 664 e 665 caducam e deixam de vigorar caso não sejam votadas até o sábado (30), dia seguinte à jornada de paralisações e protestos convocada pelas centrais sindicais e por movimentos sociais contra a quebra de direitos dos trabalhadores.
O governo tem dificuldade em aprovar as medidas – que, traduzidas sem eufemismos, desviam dinheiro público que seria destinado a benefícios dos trabalhadores para o pagamento de juros das dívidas a banqueiros. Há certa resistência entre senadores da própria base aliada. A semana também será marcada por protestos que trazem nas pautas de reivindicações questões especificas, mas também a defesa dos direitos ameaçados – como a pensão por morte de cônjuge, o seguro-desemprego e a precarização por meio da terceirização.
As centrais sindicais marcaram para sexta-feira (29) um dia nacional de paralisações e atos, data agregada pelos servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União ao seu calendário de mobilizações pela aprovação dos projetos salariais.
Antes disso, a categoria faz um dia de manifestações com paralisações na quarta-feira (27). No dia seguinte, são os professores e técnicos das universidades federais que entram em greve por tempo indeterminado. A paralisação desse setor em 2012 levou à maior greve unificada do funcionalismo público federal pelo menos desde 2003. Há ainda a ameaça de greve no metrô e trens de São Paulo.
É nesse cenário que o governo tenta aprovar, na última semana possível, as medidas que podem deixar milhões de trabalhadores sem seguro-desemprego ou sem pensão. Os sindicatos e os movimentos sociais lutam para impedir.
Fonte: LutaFenajufe Notícias