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Notícia postada dia 20/05/2015

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Governo tenta limitar direito à pensão para transferir economia a bancos

Governo tenta limitar direito à pensão para transferir economia a bancos

Após passar pela Câmara, MP 664 está no Senado: governo Dilma pressiona para derrubar direito histórico dos trabalhadores dos setores privado e público

 

Acabar com um direito histórico dos trabalhadores, a pensão vitalícia para todos os casos de morte de cônjuge ou companheiro que contribua para a Previdência Social, é uma das prioridades do pacote de ‘ajuste fiscal’ do governo para esta semana. Aprovada na Câmara dos Deputados na semana passada, a Medida Provisória 664 se encontra no Senado Federal e pode ser apreciada nas próximas sessões do Plenário da Casa. Os sindicatos ainda lutam para tentar derrubá-la – a MP perde a validade se não for votada até o dia 1º de junho.

 

A medida é parte do ‘ajuste’ adotado pelo governo Dilma Rousseff (PT) com o objetivo de economizar recursos públicos e fazer superávit para pagar juros das dívidas públicas ao mercado financeiro. A mudança atinge a todos os trabalhadores – do setor privado ou público –, mas, estatisticamente, prejudicará mais às mulheres. A MP condiciona o direito a novas pensões à idade do beneficiado e à expectativa de sobrevida dele.

 

Pelos dados de hoje, a pensão fica limitada a três anos para pensionistas com até 21 anos de idade; a seis anos para quem tiver de 21 a 26 anos; a dez anos para a faixa etária de 27 a 29 anos; a 15 anos para de 30 a 40 anos; e 20 anos para de 41 a 44 anos. E só segue vitalícia para quem possuir 44 anos ou mais à época da morte do cônjuge ou companheiro. Ao passar pela Câmara dos Deputados, a MP 664 foi alterada e o item que reduzia o valor das pensões a até 50% excluído.  

 

A tabela é variável porque está sujeita a alterações em decorrência de mudanças na expectativa média de vida calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Quanto maior for a expectativa média de sobrevida, mais restrito fica o acesso à pensão. Para contornar ameaças de rebelião na base aliada no Congresso, o Planalto teria acionado ministros para pressionar deputados e senadores e promovido farta distribuição de cargos.

 

O que não estava nos planos do governo foi a inclusão da emenda que mexe com o fator previdenciário. O redutor de aposentadorias, herança da gestão tucana de Fernando Henrique Cardoso no final dos anos 1990, passaria a conviver com a fórmula 85/95. Por este critério, o trabalhador cuja soma dos anos de contribuição com os de idade atingir 85 (mulheres) ou 95 (homens) fica livre do redutor.

                                          

O mecanismo, porém, na prática introduz uma idade mínima para a aposentadoria – o que faz com que apesar de amenizar as perdas causadas pelo fator, siga restringindo o direito à aposentadoria em relação ao que existia antes das reformas da Previdência.  Mesmo assim, a presidente Dilma ameaça vetar a emenda.

 

Fonte: LutaFenajufe Notícias



 

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