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Notícia postada dia 27/02/2015

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Indignados, servidores pressionam Congresso e denunciam injustiça

Indignados, servidores pressionam Congresso e denunciam injustiça

Indignação. Este parece ter sido o motor que levou mais de 300 servidores de seus locais de trabalho à primeira manifestação da categoria no Congresso Nacional após os aumentos salariais exclusivos para a cúpula dos três poderes. "Os servidores vieram porque a indignação é muito grande", disse Eldo Luiz, do MPDFT. "É a indignação pelos magistrados e procuradores terem recebido o reajuste e os servidores não que [moveu os trabalhadores] para o ato", disse Eugênia Lacerda, coordenadora da Fenajufe, a federação nacional da categoria.
 
A servidora Délia Maria, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, disse que foi feita de "palhaça" e que o desrespeito a quem trabalha e não é da cúpula é muito grande. "Não consigo entender: se não tem dinheiro, como é que aprovou auxílio-moradia? Dá vontade de não trabalhar, me sinto desmotivada", disse, sobre o benefício concedido a juízes. "É um tratamento diferenciado, [nos sentimos] desprezados, com falta de prestígio da classe não só no Ministério Público quanto do Judiciário", lamenta o servidor Ivo Pimenta, do Ministério Público Federal de Brasília. "Independente do reajuste deles [magistrados e procuradores], o nosso histórico de tanto tempo sem reajuste já é uma injustiça", ampliada pelo aumento só para “as autoridades”, disse.
 
O protesto convocado pelo Sindjus-DF com apoio da Fenajufe ocorreu no gramado do Congresso, na terça-feira (24). A Polícia Militar e seguranças da casa não permitiram o acesso dos trabalhadores à área interna do local. Alguns policiais, visivelmente exaltados, ameaçavam lançar gás de pimenta sobre os manifestantes e agredi-los. Servidores entraram no espelho d’água próximo aos acessos ao Congresso com faixas que expunham a insatisfação.
 
Do lado de dentro, a possível votação do Projeto de Lei Orçamentária não aconteceu – ficou para nova sessão conjunta do Senado e da Câmara. Não há, porém, perspectivas de inclusão de recursos sem uma forte reação dos servidores. "Todas as lideranças parlamentares com quem conversei me disseram a mesma coisa: não vão incluir os projetos na previsão orçamentária se não houver um acordo com o governo federal", relatou Antônio Melquíades, o Melque, dirigente do Sintrajud-SP, que passou a semana contatando e pressionando os parlamentares.
 
Unir forças
 
Para Cristiano Moreira, dirigente do sindicato do Rio Grande do Sul (Sintrajufe-RS), a mobilização dos servidores já em fevereiro mostra que a categoria tem como reagir e lutar por suas reivindicações, num ano em que se busca construir a campanha salarial unificada do funcionalismo. "A categoria está indignada em todo Brasil. O final do ano passado foi bastante amargo com todas [aquelas] promessas do Lewandowski [que não aconteceram]. Mas os servidores demonstraram que essa indignação quando vira ação pode de fato buscar virar esse jogo", disse. Ele destacou, porém, que é preciso unir forças para "dobrar o Congresso, Dilma e Lewandowski", que estão abraçados para "atacar os servidores, arrochar salários e retirar direitos", disse. "Nós somos muito mais fortes se estivermos juntos", afirmou.
 
Opinião corroborada por Saulo Arcangeli, da coordenação da Fenajufe. "O ato cumpriu o papel de [mostrar] a indignação da categoria diante de um Congresso que aprovou aumento apenas para os magistrados, procuradores, os próprios deputados, para os ministro e presidente da República, [enquanto] os servidores ficaram sem nada", disse. "Sabemos que existem recursos, o orçamento que ainda não foi aprovado [destina] mais de 40% para o pagamento das dívidas públicas e estamos vendo o quando [se gasta] com corrupção", disse, ao defender a unidade de todo funcionalismo para virar esse jogo. 
 
LutaFenajufe Notícias


 

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