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Notícia postada dia 27/01/2015

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Levy diz aos ricos em Davos que seguro-desemprego é ultrapassado

Levy diz aos ricos em Davos que seguro-desemprego é ultrapassado

Declarações do ministro da Fazenda do governo Dilma sinalizam que novas medidas contra direitos dos trabalhadores podem estar sendo preparadas

 
As declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que o seguro-desemprego é um benefício “completamente ultrapassado” e de que reformas estruturais são necessárias ao Brasil parecem sinalizar que mais medidas que retiram direitos de trabalhadores e aposentados podem já estar sendo preparadas pelo governo.
 
O ministro escolhido por Dilma Rousseff (PT) para comandar a economia a partir do segundo mandato fez as afirmações polêmicas em entrevista ao jornal inglês “Financial Times”, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, evento anual em que a elite econômica internacional e representantes das principais economias mundiais se reúnem para debater interesses e políticas comuns.
 
O exemplo do seguro-desemprego foi usado para exemplificar a necessidade de cortes e reformas em diversas áreas, inclusive sociais. O ministro ressalvou apenas que o programa assistencial Bolsa Família não será atingido.
 
Ministro é ex-diretor do Bradesco
Ao aceitar o convite de Dilma para assumir a pasta, Levy teve que deixar o cargo que ocupava na direção do Bradesco, gigante do setor bancário privado. Não se encontra, naturalmente, dentro do perfil dos que recorrem ao seguro-desemprego quando é demitido.
 
Na campanha eleitoral do ano passado, Dilma prometeu não mexer em direitos dos trabalhadores. Disse que isso seria feito por seu principal adversário, Aécio Neves (PSDB), caso o tucano fosse eleito. Acusou ainda Marina Silva (PSB), outra adversária, de planejar entregar a economia do país aos banqueiros caso saísse vitoriosa na disputa. Antes mesmo do término do primeiro mandato, porém, a presidente anunciou o diretor do Bradesco na Fazenda e lançou duas medidas provisórias que cortam direitos trabalhistas e previdenciários.
 
O pacote restringe o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial, acaba com a pensão vitalícia por morte de cônjuge e reduz este benefício à metade para os trabalhadores do setor privado. Movimento nacional está sendo construído – reunindo sindicatos, centrais e movimentos populares – para tentar derrubar as medidas, que ainda precisam ser aprovadas no Congresso Nacional para se tornarem lei.
 
‘Chicago boys’
As declarações de Levy foram dadas no dia seguinte à participação da presidente Dilma Rousseff na posse do colega Evo Morales, na Bolívia. Na cerimônia de posse para o terceiro mandato, de acordo com o jornal “Valor Econômico”, Evo disse que “na Bolívia não mandam os Chicago boys, mas os Chuquiago boys”, referindo-se, primeiro, ao termo usado para definir os adeptos das teorias neoliberais da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. Já Chuquiago é a etnia indígena do presidente. Na foto oficial das autoridades presentes ao evento, Dilma aparece ao lado do presidente boliviano. Em Davos, o seu ministro da economia diria ao “Financial Times”, menos de 24 horas depois, que valoriza muito o que aprendeu na Universidade de Chicago, onde fez doutorado.
 
Fonte: LutaFenajufe Notícias


 

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