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Notícia postada dia 01/12/2014

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Resultado da Ampliada da Fenajufe deste fim de semana

Resultado da Ampliada da Fenajufe deste fim de semana

Servidores decidem que vão lutar até último minuto e marcam pressão na Câmara e protesto nacional para dia 10, no ‘dezembro roxo’ no Judiciário e MPU

 

Os servidores consideram inadmissível uma solução para a questão salarial que contemple apenas juízes e magistrados e exclua o setor que está mais penalizado e acumula oito anos de perdas salariais: os mais de 120 mil trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União. É o que reafirmaram os representantes da categoria que participaram, no domingo (30), da reunião ampliada da federação nacional (Fenajufe), em Brasília.

 

Os trabalhadores aprovaram, unânimes, um calendário de atividades para a reta final do ano, com as quais pretendem pressionar o governo, o STF e o Congresso por um acordo em torno dos projetos salariais. Haverá vigília na Câmara na terça (2) e quarta-feira (3) para cobrar dos deputados da Comissão de Finanças e Tributação (CFT), que já aprovaram os reajustes salariais de juízes e procuradores, a votar os projetos dos servidores.

 

Conjuntura difícil

No dia 10 de dezembro, haverá ato nacional em Brasília, em frente ao Supremo Tribunal Federal, pela ‘dignidade’ da categoria e aprovação dos projetos. Nos estados, todos estão convocados a expressar a insatisfação vestindo roxo ou preto ou usando fitas dessas cores. “Os juízes já receberam R$ 4.377 de auxílio-moradia limpos, sem Imposto de Renda. Seria inaceitável mais uma vez uma solução só para os magistrados, um acinte e desrespeito ao conjunto da categoria, aos 120 mil mães e pais de famílias”, disse Adilson Rodrigues, dirigente da federação nacional e servidor da Justiça Federal de Santos (SP). “Se não tiver nada, que esse nada seja para todos: juízes e servidores”, afirmou.

 

Ao longo da reunião, servidores alertaram para o cenário difícil atual, com o governo anunciando ministros para comandar a economia ligados a setores empresariais e que já explicitam a intenção de promover um forte ajuste fiscal e cortar recursos dos setores públicos. “[Ainda] não há acordo com o governo e não podemos plantar ilusões”, disse Elcimara Augusto Souza, do Tribunal de Justiça de Brasília, ao defender a importância de reconstruir a mobilização de toda a categoria para enfrentar a política de arrocho salarial do governo.

 

“Parece que quem ganhou foi o outro candidato”, disse Adilson Rodrigues, numa referência à contradição entre o discurso de campanha de Dilma Rousseff e as medidas que estão sendo tomadas. “Vai cortar [recursos públicos] justamente de quem já está há oito anos com os salários congelados”, criticou. “O governo está fazendo o que o outro disse que ia fazer”, corroborou Saulo Arcangeli, também dirigente da federação e servidor do Maranhão. “Temos que discutir e nos [preparar] para os ataques que vêm ai, como a [ameaça] de quebra da estabilidade dos servidores, o [fim do] direito de greve e as fundações privadas para contratar [trabalhadores] pela CLT para os serviços públicos”, observou.

 

Unidade no Judiciário e MPU

A aprovação do calendário, com o ‘dezembro roxo’ da indignação dos servidores, sinaliza que haverá luta até o último minuto para defender o reajuste salarial e o fim dos oito anos de perdas salariais acumuladas.  A reunião ampliada fez um chamado à unidade da categoria. “Quero conclamar todos os estados que estão aqui hoje a trazer gente para Brasília no dia 10 e também preparar a mobilização para o ano que vem, que vai ter que continuar”, defendeu Ruy Almeida, dirigente do sindicato do Rio Grande do Sul (Sintrajufe-RS). “A gente tem um acúmulo de luta que nos levou aonde estamos hoje [com os projetos no Congresso], mas [faltou] participação de muitos estados”, disse, destacando que foi a unidade e a mobilização conjunta que levaram às vitoriosas campanhas que arrancaram as reestruturações dos planos de cargos em 1996, 2002 e 2006. “Não é dizer que podemos fazer isso se estivermos unidos, é dizer que nós já fizemos isso e sabemos que é possível", disse.

 

A reunião ampliada aprovou ainda levar ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, posição política reivindicando que ele se expresse publicamente a favor dos projetos dos servidores e assinale em nota ser inadmissível aprovar apenas os reajustes de magistrados e procuradores – algo que ele mesmo já disse a coordenadores da federação que colocaria em risco até a “governança” do Judiciário.

 

Unidade com os federais

Os servidores reafirmaram a participação na construção conjunta da campanha salarial de 2015 com os demais setores do funcionalismo, que já têm marcado para os dias 31 janeiro e 1º de fevereiro uma plenária nacional da categoria para organizar as mobilizações e traçar a pauta de reivindicações comuns a todos. “O que temos agora é o ajuste fiscal para os próximos anos [por parte do governo]. E como os servidores podem reverter isso? Com atos, com paralisações, [não] com a fragmentação e a divisão”, defendeu Elcimara. “[Precisamos] de uma luta conjunta [de todo funcionalismo], ir para s ruas para enfrentar os ataques do governo”, disse Cleber Aguiar, servidor do TRF de São Paulo e dirigente da federação e do Sintrajud-SP.  

 

Ao final, os servidores registraram o descontentamento aprovando uma moção de repúdio ao governo Dilma Rousseff por ter impedido, por meio do deputado Afonso Florence (PT/BA), a votação do projeto dos servidores na sessão da Comissão de Finanças e Tributação da quarta-feira (26). Nos próximos dias, a Bahia vai levar a insatisfação e a moção pessoalmente ao escritório do parlamentar em Salvador. “Sabemos que o Florence é apenas um agente [que atuou pelo governo], poderia ser qualquer outro deputado do PT, mas é importante no ponto de vista simbólico”, disse Fred Barboza, servidor da Justiça Eleitoral da Bahia e diretor do Sindjufe-BA.

 

Fonte: LutaFenajufe Notícias

 



 

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