SINDJUFE-BA

Recentemente o TST ampliou para 50% o percentual de servidores que poderão solicitar o benefício do teletrabalho. De acordo com o ministro Barros Levenhagen, presidente do TST, o projeto piloto provou que o resultado foi "extremamente positivo".

Entretanto, a medida esconde seus prejuízos. Nos moldes atuais em que está proposto, o home office representa grande vantagem para a administração, porém, o entusiasmo do servidor, iludido com a vantagem de não enfrentar trânsito nem “bater ponto”, diminui a cada mês de trabalho.

Como precisam manter os meios de contato sempre ligados e atualizados, muitos vêem o ambiente familiar invadido, se tornam reféns de e-mails e telefonemas que podem surgir a qualquer momento; há aumento significativo das metas de produção, sobrecarregando o trabalhador; as relações sociais e de labor do servidor são influenciadas: ele não consegue mais separar o ambiente de trabalho do ambiente de lazer e descanso. E isolado do seu ambiente laboral e dos colegas, inicia um processo de perda de identidade com a carreira, vínculos com colegas, pouca ou nenhuma troca de experiências/conhecimentos que podem ajudar a solucionar questões polêmicas etc., além de enfraquecer as lutas da categoria.

Com a correria do dia a dia, tráfego ruim e distância da casa para o local de trabalho, muitos servidores têm optado por este tipo de trabalho, entretanto, diversos estudos em carreiras que já laboram dessa forma como os auditores, detectam que as vantagens para o servidor são mínimas e nem sempre vale à pena. No Seminário sobre Saúde realizado em outubro passado, a Fenajufe ratificou a posição contrária, a partir de pesquisas feitas na categoria. A ideia, tanto da Fenajufe quanto do SINDJUFE-BA, é a de que os servidores resistam um pouco mais a esta medida, enquanto se buscam ampliar benefícios a quem realmente desejar trabalhar em casa.