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Notícia postada dia 28/10/2014

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Dilma derrota Aécio, mas não fará as mudanças exigidas pelos trabalhadores

Dilma derrota Aécio, mas não fará as mudanças exigidas pelos trabalhadores

Logo no seu primeiro pronunciamento após a vitória eleitoral, Dilma Rousseff acenou para seus aliados, que vão de Michel Temer a Paulo Maluf e de José Sarney a Collor de Melo; chamou a “unidade” do país e conclamou os empresários a construírem as “mudanças” que o povo exige.

 

No discurso da presidente-eleita fica claro que o centro de suas ações no início de mandato, após uma disputa eleitoral acirrada, é a conciliação com os setores da burguesia não aliada – uma boa parte já está com seu governo. 

 

Foi para não semear qualquer ilusão nos dois candidatos que disputaram o segundo turno que nossa Central alertou: “Nem Dilma-PT, nem Aécio-PSDB nos representam”! Indicou ainda que os trabalhadores e a juventude não deveriam votar em nenhum desses candidatos. O discurso de Dilma confirma que estávamos certos.

 

Sabemos que desde 1989 (por motivos distintos) essa foi a eleição mais polarizada dos últimos tempos. Esse grau de disputa se explica pela forte exigência de mudança que amplos setores da população brasileira vêm expressando desde as manifestações de junho do ano passado. Dilma ganhou, mas a política que o PT vem aplicando em seus sucessivos governos, que privilegia o capital contra os interesses da classe trabalhadora e do povo pobre, acabou por levar às urnas uma votação expressiva em Aécio Neves-PSDB como um “voto-castigo” no PT. Uma parcela significativa da classe trabalhadora tomou esse tortuoso caminho, com importante expressão em São Paulo, por exemplo.

 

As mudanças que os trabalhadores e a juventude exigem não poderão ser alcançadas em aliança com os ricos, isso já ficou comprovado nos doze anos de governo do PT. Mas, como vimos nas palavras da presidente reeleita, o PT anuncia repetir a mesma cartilha que fora gestada pelo PSDB, de FHC, agora representado por Aécio Neves.

 

Os milhões de trabalhadores que votaram em Dilma, para evitar o “o mal maior”, também exigem melhorias na saúde, na educação, no transporte, no acesso à moradia digna, na ampliação da reforma agrária e sabem que governando com ricos essas reivindicações não serão alcançadas. O PT, sua direção e inúmeras lideranças populares, culturais e sindicais, não podem ficar alimentando falsas esperanças naqueles que necessitam e merecem uma melhor condição de vida. Isto porque, na prática, Dilma continuará governando a serviço dos interesses das grandes empresas, bancos e agronegócio.

 

Com essa escolha, que antecipadamente já denunciávamos, está evidente que o “novo” governo virá com mais ataques aos nossos direitos, beneficiando o lucro empresarial e os interesses dos banqueiros nacionais e internacionais. A crise econômica já estagnou o crescimento e, agora, a receita é flexibilização de direitos, aumento de tarifas públicas e dos combustíveis, além de um conjunto de medidas de “endurecimento”.  Será necessário resistir nas ruas, nas lutas e nas greves a esse previsível e intolerável “saco de maldades”.

 

Cabe aos movimentos sociais unirem-se para garantir a mobilização e a resistência de nossa classe e da juventude, tal qual se desenvolveram as lutas de junho e julho do ano passado, as mobilizações durante a Copa, assim como as inúmeras greves e mobilizações populares. A tarefa é seguir lutando por nossas demandas, por nossos direitos e por melhores condições de vida. Para alcançarmos êxito, teremos que nos manter firmes e independentes frente aos patrões e aos governos, inclusive à presidenta-eleita, Dilma Rousseff.

 

Fonte: CSPConlutas.



 

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