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Notícia postada dia 12/08/2014

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Negociação com servidores públicos federais tem desdobramentos

Negociação com servidores públicos federais tem desdobramentos

Após mais um dia de protestos, servidores começam a receber retorno do governo. Os do Judiciário Federal e do Ministério Público da União conquistaram o primeiro aceno positivo do Supremo Tribunal Federal (STF). Os administrativos da Polícia Federal, apesar das manifestações em frente à sede da PF e do Ministério do Planejamento, não sensibilizaram a ministra Miriam Belchior, mas acabaram sendo recebidos pelo assessor especial do ministro da Justiça, Marcelo Veiga. Já os funcionários do IBGE, que tiveram um tenso debate com a direção, se reuniram em assembléia para decidir os próximos passos da paralisação, que já dura mais de 60 dias.

 

Em sessão o STF votou o orçamento para 2015 e inseriu recursos extras da ordem de R$ 100 milhões para o equilíbrio das remunerações dos servidores. A quantia, segundo Jailton Assis, diretor do sindicato da categoria (Sindjus), contempla as perdas inflacionárias de 40%, após oito anos sem plano de cargos e salários. “Embora a medida se restrinja aos servidores do STF, o lado bom é que foi enviada uma mensagem a todos os tribunais para que acompanhem esse comportamento”, disse. A notícia foi dada pelo diretor-geral do STF, Amarildo de Oliveira.

 

A tensão, agora, aumentou, pois a inclusão dos recursos é uma mera questão técnica - o órgão tem que apresentar seu orçamento. “Temos que continuar pressionando o ministro Lewandovksi (STF) e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que conversem a presidente Dilma Rousseff, exijam que o Executivo respeite o Legislativo e não faça cortes radicais de verbas”, disse Assis.

 

Os administrativos da PF fizeram caminhada do edifício-se ao Bloco K da Esplanada, com público abaixo das expectativas. “A direção nos ameaçou. Mandou por e-mail uma circular, editada na greve dos policiais, proibindo vestuário com dizeres de protesto e dieta para perder barriga reforçando que paralisação é falta injustificada, sem direito a compensação”, denunciou o presidente do Sindicato (SinpecPF), João Luís Nunes. Engrossaram a passeata, os aprovados no último concurso que vieram a Brasília com a promessa de nomeação em julho, mas não foram convocados.

 

Suzana Carvalho, 36 anos, do Rio de Janeiro, está morando de favor na casa de uma tia. “Deixei o emprego, gastei dinheiro de passagem aérea, com alimentação e transporte. Estou em situação de vulnerabilidade. Não sei se continuo aqui, ou se volto para casa. O governo não nos dá uma resposta”, lamentou. Na mesma situação está Daniel Borsatto, 30, de São Paulo. “Fizemos curso, exame médico e até escolhemos onde trabalhar. Depois, nos deixaram à própria sorte”, disse. “O pior são as dívidas. Estou com um rombo de mais de R$ 5 mil no cartão de crédito”, reforçou o baiano William Pereira Jordão, 29.

 

No IBGE, o impasse continua, apesar dos problemas causados pela paralisação - a Pesquisa Mensal de Emprego, pelo segundo mês consecutivo, ficou incompleta, sem os dados da Bahia e de Porto Alegre. Em plenária nacional convocada pela associação nacional dos servidores (AssIBGE), a categoria votou por uma nova reunião com a direção do IBGE, para discutir reposição de dias parados e descontos nos salários. Em 11 de agosto, será decido pelo retorno ou não ao trabalho. Os participantes reafirmaram a decisão de entrega dos cargos em todos os estados, de recusa em dirigir veículos e de quaisquer outras atividades não previstas como funções do servidor. Em relação às demissões, a AssIBGE dará suporte jurídico no andamento de ações coletivas e individuais nos estados, além de garantir uma ajuda de custo de até R$ 500 a cada demitido até o mês de setembro.

 

Fonte: Correio Braziliense (Blog do Servidor)



 

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