Uma portaria do TRT publicada no último dia 15 estabelece critérios para a reposição do serviço em ordem após a última greve da categoria contra a PEC 59/2013 e contra as carreiras únicas nos tribunais superiores. De acordo com o documento assinado pelo presidente do Tribunal do Mato Grosso, desembargador Edson Bueno de Souza, a reposição do serviço pendente deve ocorrer até o dia 30 de novembro, observando o limite de duas horas por dia para a respectiva reposição, dependendo da necessidade dos setores, de acordo com o levantamento que os gestores das unidades deverão fazer.
Fazendo uma análise da portaria, diretores do SINDIJUFE-MT destacam que em alguns setores do TRT o serviço acumulado é grande e em alguns setores todo o serviço acumulado durante a greve já foi colocado em dia, e que, portanto, os servidores desses setores não têm nada para repor. O SINDIJFE-MT avisa que qualquer abuso por parte dos gestores das unidades do tribunal deve ser imediatamente comunicado, para que o sindicato possa interferir e fazer a defesa, já que o serviço que deve ser reposto é o que ficou acumulado em decorrência da greve de 51 dias, e não aquele serviço acumulado há mais tempo, por outras razões.
Cada setor encaminhará um cronograma com o período necessário para colocar em ordem o serviço represado durante a greve de acordo com a portaria, sem reposição hora a hora. A greve da categoria ocorreu no período de 29 de abril a 18 de junho de 2014. O Sindicato sempre defendeu a colocação do serviço em ordem sem reposição hora a hora. A publicação da portaria ocorreu após o encerramento do prazo da comissão, instituída pela administração do tribunal e formada por quatro pessoas, com a missão de determinar a forma como deveria ser feita a reposição dos dias parados.
Durante os trabalhos da comissão o SINDIJUFE-MT reiterou a defesa da proposta da categoria, que era a colocação do serviço em ordem sem a reposição de dias ou horas. Assim que a comissão foi criada, no dia 27 de junho, o SINDIJUFE-MT protocolou ofício ao presidente da mesma, juiz titular da 6ª Vara do Trabalho de Cuiabá, Bruno Weiler Siqueira, reforçando a proposta, defendida pelo sindicato desde o início da greve, no dia 29 de abril, de colocação do serviço em ordem sem reposição de dias ou horas.
O SINDIJUFE-MT mantém o compromisso da categoria de colocar em ordem os serviços represados durante a greve, o que vem ocorrendo em toda as greves.Evidentemente é muito melhor para a sociedade, para os advogados e usuários do Judiciário trabalhista o compromisso de colocar em ordem os serviços decorrentes da greve e manter a produtividade retornando à sociedade um Judiciário célere, gratuito e de qualidade.