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Notícia postada dia 17/06/2014

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'Parecia ditadura', diz servidor sobre repressão a ato na Copa

'Parecia ditadura', diz servidor sobre repressão a ato na Copa

Servidores do Judiciário Federal descrevem como manifestantes ficaram sitiados pela PM de Alckmin no protesto em SP

 
Servidores do Judiciário Federal que participaram do protesto conjunto “Na Copa Vai ter Luta”, na quinta-feira (12), em São Paulo, relatam momento de tensão e terror decorrentes da repressão desencadeada pela Polícia Militar do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Mais de dois mil manifestantes ficaram sitiados pela PM dentro da quadra do Sindicato dos Metroviários.
 
A concentração pela manhã para o ato planejado para ser pacífico foi em frente à sede do sindicato, na rua Serra do Japi, em Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo. Mas os manifestantes foram cercados pela polícia, que tentou impedir o protesto que denunciava o uso de dinheiro público para bancar um evento privado, a Copa do Mundo. “Houve momentos de tensão e correria do povo”, disse o oficial de justiça Erlon Sampaio, diretor do Sintrajud, o Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal em São Paulo.
 
A servidora Raquel Morel, do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, que também participou do ato, reforçou as críticas à repressão: “A polícia impediu nossa caminhada, ficamos presos em um quarteirão e depois tivemos que entrar no sindicato para fugir das bombas da polícia”. A concentração foi marcada em frente aos Sindicato dos Metroviários em solidariedade aos 42 demitidos pelo governador Geraldo Alckmin por exercerem o direito de greve.
 
Quando a PM começou a lançar uma grande quantidade de bombas de gás lacrimogêneo, o próprio comando do ato orientou que as pessoas se protegessem dentro do sindicato. “O chão tremia e o gás e as bombas aterrorizavam a todos. O comando no caminhão de som pedia calma e a PM partia pra cima da multidão. Foi irresponsabilidade pois poderia ter morrido muitos estudantes. Momentos como esse só vivi na ditadura”, descreveu Erlon.
 
O servidor Waldo Mermelstein, do TRF-3, usou as redes sociais para denunciar o que ocorria em Tatuapé.  Disse ter visto cenas que lembravam a ditadura, com o Sindicato dos Metroviários cercado pelo PM de Alckmin, com o uso da cavalaria e a benção do governo do PT e PSDB.
 
A Anistia Internacional no Brasil divulgou nota criticando o uso desproporcional da força pela PM contra manifestantes e jornalistas. “Digam ao governador e ao secretário de segurança pública de São Paulo que a liberdade de expressão e manifestação pacífica são direitos humanos, inclusive durante a Copa do Mundo”, diz trecho da nota.
 
Fonte: LutaFenajufe Notícias


 

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