Por Lauro Jardim, colunista da Veja
Quatro ministros e dois servidores do Superior Tribunal Militar arrumaram um pretexto para passar dez dias na Itália, há duas semanas. Tudo com dinheiro público, lógico. O sexteto embolsou R$ 70 mil só em diárias. O presidente do STM, Raymundo Nonato, que estava na excursão, odeia prestar contas.
Mas, quatro passagens de executiva e duas de econômica, compradas um mês antes, saem a R$ 32 mil. A desculpa para torrar R$ 100 mil na Europa? Entregar uma honraria, Ordem do Mérito Judiciário Militar, para o embaixador brasileiro em Roma e para três adidos militares.
Segundo Jardim, Nonato 'odeia prestar contas'
O Embaixador do Brasil na Itália é Ricardo Neiva Tavares e os outros agraciados na cerimônia pertencem à Marinha, Aeronáutica e Exército Brasileiro. A Ordem do Mérito Judiciário Militar (OMJM) foi criada em 1957, por ocasião dos 150 anos da Justiça Militar do Brasil, e condecora anualmente personalidades, organizações e instituições que tenham prestado serviços considerados relevantes a essa Justiça castrense.