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Notícia postada dia 15/05/2014

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SP e RS param e se unem a Bahia e MT para 'puxar' greve no Judiciário

SP e RS param e se unem a Bahia e MT para 'puxar' greve no Judiciário

 
Greve reafirmada na reunião nacional atinge 4 estados do Judiciário Federal nesta semana e pode crescer para pressionar governo e STF
 
 
LutaFenajufe Notícias
Por Hélcio Duarte Filho, enviado a Brasília 
 
 
Os trabalhadores do Judiciário Federal no Rio Grande do Sul e em São Paulo iniciam nesta quinta-feira (15) a greve por tempo indeterminado em seus estados. Os servidores se unem, assim, aos colegas do Mato Grosso e da Bahia que já estavam paralisados. Os quatro estados lideram a greve nacional da categoria, reafirmada na reunião ampliada da federação, que reuniu representantes de 20 sindicatos, e podem desencadear um processo em cadeia de novas adesões.
 
A adesão dos servidores de São Paulo e do Rio Grande do Sul ocorre em um dia que deverá ser marcado por protestos em dezenas de cidades do país. Levantamento divulgado pela “Folha de SP” indica que em pelo menos 50 cidades devem acontecer manifestações que vão denunciar os efeitos penosos sobre a população de dois grandes eventos – a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Também serão criticados os altos gastos de dinheiro com as obras da Copa do Mundo da Fifa, em detrimento de investimentos nos serviços públicos oferecidos ao povo brasileiro. A maior parte do custo previsto de R$ 34 bilhões com a Copa saiu ou vai sair dos cofres públicos.
 
O movimento paredista que está sendo construído pelo funcionalismo público federal também questiona as frequentes repactuações nos valores pagos às construtoras que fazem as obras da Copa. Dirigentes sindicais do setor costumam afirmar que enquanto o governo é generoso com estes setores, a presidenta Dilma Rousseff se nega a negociar com os trabalhadores, alegando haver um acordo que vale até 2016.
 
‘Apagão’ no dia 21 de maio
 
A greve no Judiciário e no MPU foi reafirmada reunião ampliada da federação nacional (Fenajufe) como necessária para forçar Dilma a ceder e para fazer com que as negociações no Supremo Tribunal Federal em torno da atualização da tabela salarial progridam. Os servidores aprovaram um calendário que prevê atos específicos do setor e conjuntos com os demais federais, também em campanha salarial – para o dia 21 de maio pretende-se fazer um ‘apagão’ no Judiciário e no MPU e atos nos estados no dia 29.
 
Representantes da categoria em São Paulo e no Rio Grande do Sul abordaram o início da greve em seus estados e conclamaram os demais a reforçar o movimento, durante a reunião ampliada, em Brasília. “Temos que decidir como superar as dificuldades. [Na assembleia em Porto Alegre], a aprovação da greve foi unânime”, disse Cristiano Moreira, da direção do Sintrajufe-RS, ao defender a ampliação do movimento por todo país. “[Mas] não basta aprovar a greve, tem que fazer a greve”, disse.
 
Outro dirigente da entidade, Paulinho Oliveira, disse que o sindicato e os servidores entregaram um abaixo-assinado com duas mil assinaturas contra as ameaças de criação de carreiras exclusivas nos tribunais superiores, que dividiriam a categoria. Ele também defendeu a necessidade de superar os obstáculos para fazer a greve. “A gente detecta as dificuldades e fica parado ou a gente [busca superá-los]?”, indagou. “Não temos que suspender a greve, temos que suspender é a imobilidade e construir a greve”, disse.
 
‘Mesa só avança sob pressão’
 
A delegação de São Paulo também reforçou o chamado à paralisação durante a ampliada. “Nós temos que [pressionar] pela autonomia do Judiciário, o Joaquim Barbosa já [deixou evidente] que não vai atravessar a Praça”, disse Tarcísio Ferreira, dirigente do Sintrajud-SP e da federação, referindo-se às demonstrações do presidente do STF de que não pressionará o governo para aprovar quaisquer projetos que venham a ser propostos a partir da mesa nacional de negociação. A preocupação foi reforçada por Adilson Rodrigues, também dirigente das duas entidades. “Projeto por projeto já temos muitos no Congresso, isso não basta”, disse, ao afirmar que toda mesa de negociação só avança se for empurrada pela mobilização dos trabalhadores interessados em seus resultados.
 
 


 

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