Acesso Funcionarios

Notícia postada dia 14/05/2014

Notícia postada dia 14/05/2014

Federais ratificam unidade após Marcha a Brasília

Federais ratificam unidade após Marcha a Brasília

A primeira marcha do ano dos servidores públicos federais a Brasília reafirmou a unidade da categoria para enfrentar a resistência do governo Dilma Rousseff (PT) em negociar quaisquer pontos da pauta de reivindicações. Para além de cobrar a abertura das negociações no ato do dia 7 de maio, na capital federal, representações de mais de doze setores nacionais do funcionalismo renovaram o compromisso de construir ações conjuntas na campanha salarial, sem prejuízo das pautas específicas de cada setor.
 
A manutenção da aposta na unidade ganha especial importância diante do atual quadro de movimentação no funcionalismo, que revela diferentes ritmos de construção da mobilização e da greve. O tema fez parte dos debates travados na plenária do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais, realizada logo após a marcha no acampamento no qual trabalhadores das universidades passaram a semana, na Esplanada dos Ministérios.
 
Greve na Cultura e Judiciário
 
Participaram do ato mais de uma dúzia de setores do funcionalismo – servidores das escolas federais, das universidades, da Saúde, da Previdência Social, do Judiciário, do MPU, da Receita Federal, da Cultura, do IBGE, dentre outros. A maior presença foi de técnico-administrativos das universidades e de servidores das escolas federais, duas áreas que estão em greve nacional, representados pela Fasubra e Sinasefe, respectivamente. Caravana do Sindscope levou uma representação de 14 servidores do Colégio Pedro II a Brasília.
 
 
No dia seguinte à manifestação, os trabalhadores de ministérios e autarquias da União aprovaram, na plenária convocada pela entidade sindical do setor (Condsef), indicativo de início da greve para 10 de junho. Os trabalhadores da Cultura param já nesta segunda-feira (12). No Judiciário Federal e no MPU, reunião ampliada reafirmou a necessidade da greve, que já acontece no Mato Grosso e na Bahia e terá as adesões de São Paulo e Rio Grande do Sul em 15 de maio. No mesmo dia, os servidores do INSS e do Ministério da Saúde planejam parar por 24 horas.
 
Dinheiro só para Copa
 
A presidente do Andes, o sindicato nacional dos docentes, disse que não há saída para os servidores além de pressionar de forma conjunta o governo, para obrigá-lo a negociar. Ela criticou a prioridade dada por Dilma aos grandes grupos privados. “Todo dia a gente assiste a passagem do dinheiro público para a iniciativa privada”, disse. Informou, ainda, que o Andes aprovou uma paralisação de 24 horas no dia 21 de maio. “Depois disso, vamos avaliar a greve”, observou.
 
O servidor Paulo Barela, da CSP-Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas), disse que é preciso apoiar quem já está em greve e trabalhar para expandir o movimento, construindo ainda alianças com outros setores dos serviços públicos estaduais e municipais e da iniciativa privada. “[O momento] exige de nós trabalhadores unidade para lutar contra este governo”, disse. Ele criticou os cerca de R$ 34 bilhões que estão sendo gastos com a Copa do Mundo, enquanto falta dinheiro para praticamente todas as áreas dos serviços públicos. “Não tem recursos para saúde, não tem recursos para educação”, disse.
 
Piores salários
 
Representando o Comando de Greve do Sinasefe, Vinicius Bezerra defendeu as mobilizações conjuntas e também criticou a política do governo para áreas como educação e saúde. “Além de não ter a data-base, [temos] os piores salários do funcionalismo federal. Isso é um indício de quais são as prioridades deste governo”, disse. Ele propôs uma forte uma reação do funcionalismo – “é a resposta que precisa emergir do conjunto dos trabalhadores do serviço público”. Ao final, usou uma palavra de ordem para expressar confiança no crescimento da mobilização: “Amanhã vai ser maior”. 
 
LutaFenajufe Notícias
Por Hélcio Duarte Filho, enviado a Brasília
 
 
 

 



 

Acessem nossas...

Redes Sociais !

TRANSMISSÃO ONLINE

TRANSMISSÃO ONLINE