SINDJUFE-BA

A mobilização dos servidores do Judiciário Federal na Bahia, em plena campanha salarial unificada, continua nesta quarta-feira (07/05), com concentração no edifício-sede do TRE às 10h e ato público a partir das 13h. O objetivo é manter o servidor informado e atento num momento em que a pressão aumenta sobre o governo federal, que insiste em não negociar as reivindicações da categoria em nível nacional.
 

Durante a assembleia setorial realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5), em Nazaré, nesta terça-feira (06/05), os coordenadores do SINDJUFE-BA, Alberto Rajy, Hilton Coelho e Lourival Matos reafirmaram a disposição de seguir em frente, numa sintonia com as lideranças nacionais. O objetivo é fazer o servidor demonstrar a todo tempo seu inconformismo em relação à recusa do governo em discutir temas fundamentais para a categoria, como a data-base dos federais em 1º de maio,  a reposição inflacionária (as perdas no Judiciário federal já atingem 46%), a valorização do salário-base e a incorpoação das gratificações, dentre outras reivindicações listadas na pauta entregue ainda em janeiro ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, no DF.

Na setorial do TRT5, de Nazaré, os servidores também assistiram a vídeos que abordaram o direito de greve e a necessidade de haver respeito do empregador a uma deliberação considerada um ato extremo, quando todos os canais de negociação estão fechados. E foi exatamente isso que ocorreu quando, em nível nacional, as lideranças dos trabalhadores do Judiciário apontaram o dia 29 de abril como data de inicio de uma greve por tempo indeterminado. Cada região teve autonomia para fazer suas deliberações e a Bahia decidiu parar.

Contudo, ainda no primeiro dia do movimento,  a presidência do TRT5 decidiu retaliar, exibindo em seu site o Ato Nº 172/2014, que determina, dentre outras coisas, o desconto em folha dos que aderirem à greve. A medida, em vez de desestimular, serviu para motivar ainda mais a categoria, na avaliação do coordenador Lourival Matos. Para ele, o servidor não deve demonstrar intimidação com atitudes como esta, que fere o direito constitucional à greve. O movimento tem, inclusive, o respaldo da Convenção 151, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que dispõe sobre a negociação coletiva e direito de greve no serviço público.

Os servidores presentes à assembleia setorial estavam vestidos com camisetas pretas, com a inscrição "Injustiça do Trabalho". Acima da inscrição, a balança que simboliza a Justiça exibe em seu lado mais pesado um juiz betendo o martelo e, no lado mais leve, a Constituição federal. Era uma alusão ao ato do TRT5 que determinou o corte de ponto dos grevistas. "Temos hoje nesta assembleia um público não muito numeroso, mas formado por pessoas esclarecidas, que são agentes multiplicadores dos assuntos aqui tratados" , observou Lourival Matos.

Já Alberto Rajy analisou a assembleia setorial do TRT5 como a oportunidade de aproximar ainda mais os servidores no sentido de fortalecer a identidade da luta. "Continua a indignação da categoria e a cobrança por uma atitude em relação ao Ato Nº 172/2014, baixado pela presidência do Tribunal", disse. Aliás, um tribunal que tem como regra de conduta tomar decisões sempre baseadas no direito do trabalhador.

Procedimentos

Na setorial anterior os servidores aprovaram a UNIFORMIZAÇÃO de procedimentos nas Varas. O SINDJUFE-BA está passando nas salas para compartilhar com o servidores.